Insvetigadores do CeNTI, TINTEX, HATA, CITEVE e Faculdade de Desporto da Universidade do Porto estão a desenvolver umas leggings destinadas a otimizar e acelerar o processo de recuperação muscular após a prática de exercício físico. Além de diminuir o tempo de recuperação, a solução tecnológica pretende aumentar a eficácia e o desempenho desportivos.

Com o objetivo de ser única e disruptiva no mercado, esta peça será composta por estruturas têxteis avançadas com sistemas de eletroestimulação, aquecimento e massagem e compressão localizados. É na conjugação e integração destas tecnologias que reside o seu carácter inovador.

“Estes sistemas inteligentes atuam ao nível da estrutura têxtil, sendo a combinação de ambos o aspeto diferenciador face a outras soluções comerciais", revelam os investigadores, citados numa nota enviada às redações. Para o desenvolvimento dos sistemas de massagem e compressão serão integrados, por processos têxteis, materiais com memória de forma; para o desenvolvimento dos sistemas de eletroestimulação serão incorporados, por processos têxteis, fios condutores e, para a criação dos sistemas de aquecimento, serão incluídos, na estrutura têxtil, circuitos de aquecimento através de eletrónica impressa”, acrescentam.

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Destacam ainda a que a componente wearable do projeto, denominado Wear2Heal, permite a utilização das leggings em casa, sem dependência de terceiros para o seu manuseamento.

Apesar de ainda estar em desenvolvimento, nomeadamente na fase de prototipagem e validação/otimização, as expetativas quanto à sua entrada e recetividade no mercado são positivas, segundo indicam os investigadores.

Além das leggings, as estruturas têxteis avançadas podem ser aplicadas, no futuro, noutras peças de vestuário. Nesta fase, os investigadores optaram pelas leggings por serem “um dos tipos de vestuário mais utilizados durante a prática desportiva”.

O Projeto Wear2Heal, teve início em julho de 2019 e termina em dezembro deste ano.