Inicialmente previsto para 2020, o primeiro voo do foguetão Ariane 6 foi adiado diversas vezes, mas tem desde o final do ano passado, uma nova data de lançamento marcada para entre 15 de junho e 31 de julho. De momento está tudo a correr como planeado, o que implica a desmontagem do modelo de teste e o transporte das diferentes partes do foguetão “a sério”.
Com 62 metros de altura, o modelo de teste que está agora na plataforma de lançamento do Porto Espacial Europeu em Kourou, na Guiana Francesa, é exatamente igual aos foguetões Ariane 6 “de produção” que serão lançados em breve - exceto na parte dos propulsores não precisarem de ser testados e por isso não serem abastecidos.
Para “dar asas” ao lançamento previsto para o próximo verão, as equipas do ArianeGroup, da agência espacial francesa CNES e da ESA começaram a remover o modelo de teste do Ariane 6, desligando os cabos e linhas de combustível que passam pela torre de lançamento.
O sistema permite ao lançador um corredor de subida livre no seu caminho para o espaço e protege os sistemas de conexão antes que as plumas dos motores do foguetão possam danificá-lo. A desconexão durante a fase crítica e complexa de descolagem deve ser executada num cronograma rigoroso, que deve acontecer com uma precisão de apenas alguns milissegundos, explica a ESA.
O momento foi registado de várias perspetivas. Veja o vídeo.
A 5 de fevereiro último foi a vez de desligar os cabos elétricos, responsáveis por fornecem energia ao lançador e aos satélites dentro do Ariane 6, mas também por emitirem os sinais digitais para comunicações com o sistema informático, bem como transportarem informações do sensor para garantir que o sistema de voo esteja em boas condições para a descolagem.
De acordo com a ESA, o modelo de teste está agora “livre” da torre de lançamento e a desmontagem foi efetivamente iniciada, com o composto superior já removido.
Entretanto, os estágios que constituem o núcleo central do Ariane 6 “final” já deixaram a Europa continental e estão a caminho do porto espacial europeu na Guiana Francesa. Navegando através do Atlântico, o estágio principal e o estágio superior foram carregados no veleiro híbrido Canopée, construído especificamente para esse fim.
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As duas partes formam o núcleo central do foguetão e serão ligadas horizontalmente nas instalações do porto espacial europeu antes de serem transportadas alguns quilómetros até à área de lançamento e levantadas na vertical, refere a ESA.
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