Bruxelas criou um plano de paz para a Faixa de Gaza e organiza hoje uma conferência internacional que junta os líderes diplomáticos dos 27. Na reunião vão também estar presentes os homólogos israelita, Israel Katz, e palestiniano, Riyad al-Maliki, embora em encontros separados. O objetivo é estabelecer um Estado palestiniano independente, que possa viver lado a lado em paz com Israel, numa normalização das relações entre os dois países e o mundo árabe e estabelecer segurança a longo prazo na região.
Na véspera da conferência, cerca de 9.000 pessoas juntaram-se em Bruxelas numa manifestação pelo fim dos bombardeamentos de Israel na Faixa de Gaza. Segundo a AFP, a manifestação decorreu de forma pacífica nas ruas de Bruxelas durante este domingo. Alguns dos manifestantes apontaram à União Europeia a falta de capacidade de proteger os civis palestinianos e pediu-se boicote à compra de produtos de empresas israelitas.
A ofensiva de Israel em Gaza continua a deixar o rastro de destruição e as imagens de satélite mostram como os cemitérios têm sido destruídos com os bombardeamentos. Uma investigação da CNN dá conta de que pelo menos 16 cemitérios foram profanados, sendo visíveis campas destruídas, a terra remexida e até, em alguns casos, veem-se corpos desenterrados.
Veja na galeria as imagens de satélite dos cemitérios destruídos e tendas construídas em Rafah:
No cemitério de Khan Younis, no sum de Gaza, os corpos foram revistados pelo exército de Israel, como parte da busca de possíveis cadáveres de reféns capturados pelo Hamas durante os ataques de 7 de outubro. Mas segundo porta-voz do exército refere à CNN, os corpos que não determinados como reféns são devolvidos à campa com “dignidade e respeito”. Os cemitérios estarão também a ser utilizados como bases militares, sendo a terra revolvida e inseridas estruturas para fortificar as posições.
Outras imagens de satélite mostram também o fenómeno das tendas de emergência espalhadas pelas regiões de Gaza. Os bombardeamentos têm vindo a destruir casas e prédios de habitação, deixando a população sem teto para viver. A publicação Haaretz dá nota que centenas de milhares de pessoas distribuem-se em tendas entre os escombros dos edifícios e nas áreas em redor da cidade de Rafah, a sul da Faixa de Gaza.
As imagens da Planet Labs do dia 14 de janeiro mostram a expansão das tendas em comparação com o mesmo local a 15 de outubro de 2023 em Rafah. Estima-se que os bombardeamentos do exército israelita tenham causado cerca de 1,9 milhões desalojados, o correspondente a 85% da população da Faixa de Gaza, estando a maioria concentrado na região da cidade de Rafah. As pessoas tentam proteger-se da chuva e frio, podendo cada tenda albergar cerca de 20 pessoas. A cidade está tão congestionada de tendas que se torna difícil conduzir um carro.
Entretanto, o exército israelita disse hoje que eliminou diversas células terroristas do Hamas, no norte e centro da Faixa de Gaza. E encontra-se a intensificar a sua ofensiva militar em torno de Khan Yunis, no sul do enclave, avança a Lusa. No centro da Faixa de Gaza, uma célula terrorista avançou em direção às forças israelitas, mas foi eliminada pela força área, depois de identificada pelas forças terrestres.
O ministro da Defesa israelita, Yoav Gallant, antecipou no domingo que a ofensiva em torno de Khan Yunis, no Sul, iria expandir-se nos próximos dias, depois de terem conseguido chegar ao flanco mais meridional daquela cidade. Neste local foi também encontrado um longo túnel, onde se encontrou evidências de que estiveram ali escondidos reféns.
Com 108 dias de guerra na Faixa de Gaza, o número de mortos já ultrapassou os 25.100 e o número de feridos para 62.680, segundo dados do Ministério da Saúde de Gaza.
Pergunta do Dia
Em destaque
-
Multimédia
20 anos de Halo 2 trazem mapas clássicos e a mítica Demo E3 de volta -
App do dia
Proteja a galáxia dos invasores com o Space shooter: Galaxy attack -
Site do dia
Google Earth reforça ferramenta Timelapse com imagens que remontam à Segunda Guerra Mundial -
How to TEK
Pesquisa no Google Fotos vai ficar mais fácil. É só usar linguagem “normal”
Comentários