Os eclipses estão entre os fenómenos astronómicos que atraem mais interesse em todo o mundo, e não faltam especialistas em astrofotografia de câmara apontada para captar os melhores momentos. Ontem o eclipse da Lua, que pode ser visto de forma parcial em Portugal, não foi exceção.

As primeiras imagens começaram a surgir logo pela manhã, de fotos captadas um pouco por todos os países onde o eclipse foi visível, incluindo em Portugal, com fotografias partilhadas de Leiria e de Moimenta da Beira. Mas agora há mais imagens e vídeos.

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Alguns utilizadores partilharam mesmo vídeos em timelapse para acompanhar a evolução do eclipse. Este timelapse do eclipse em Carrazeda de Ansiães foi enviado para a página do Meteo Trás dos Montes por José Armando Martins

Sempre espetaculares são também as imagens captadas pelo astrofotógrafo Miguel Claro, que já entrevistámos várias vezes para o TEK Notícias e cujo trabalho acompanhamos de perto. Neste caso são uma versão em 4K do eclipse de 16 de maio de 2022, mas que permitem ter uma noção mais detalhada do fenómeno astronómico.

Em Portugal o eclipse lunar de 7 de setembro de 2025 não pode ser visto na totalidade, já que começou antes da Lua se apresentar acima do horizonte. O início do eclipse aconteceu pelas 15h28 UTC (16h28 em Lisboa), prolongando-se por cerca de cinco horas e 27 minutos desde a entrada da Lua na penumbra até ao final do fenómeno.

A fase mais impressionante, em que a Lua fica totalmente "mergulhada" na sombra da Terra, durou cerca de 82 minutos, o que faz deste o eclipse lunar total mais longo desde 2022.

No próximo ano vai ser possível acompanhar o eclipse total do Sol, a 12 de agosto, e no mesmo mês haverá um eclipse parcial da Lua, a 28 de agosto.

O que acontece num eclipse lunar total?

Como explica a NASA, os eclipses lunares só acontecem na fase de Lua cheia, quando a Terra fica posicionada entre o Sol e a Lua. A sombra do nosso planeta é projetada sobre a superfície lunar, tornando-a mais escura, e por vezes vermelha, durante algumas horas.

Veja o vídeo

Num eclipse lunar total, a Lua entra na sombra da Terra, numa área chamada umbra. Parte da luz solar ainda consegue atravessar a atmosfera do nosso planeta e chegar à superfície lunar.

Neste processo, a luz é filtrada e as cores com comprimentos de onda maiores, como vermelho ou laranja, atravessam com maior facilidade, dando à superfície lunar um tom avermelhado, motivo pelo qual o fenómeno é muitas vezes apelidado de “Lua de Sangue”.

Já num eclipse parcial, o alinhamento entre o Sol, a Terra e a Lua não é perfeito. Apenas parte da Lua entra na umbra, ficando parcialmente coberta pela sombra. Por fim, num eclipse penumbral, a Lua passa apenas pela penumbra, isto é, a zona mais difusa da sombra da Terra.