O Coronavírus (COVID-19) já infetou mais de 98 mil pessoas e provocou, até à data, 3.300 mortos. O surto está a ter um forte impacto no dia-a-dia da população mundial, em especial, em países como a China, o Japão, a Coreia-do-Sul, a Itália e o Irão. São também vários os setores da economia global a sofrer as consequências da rápida propagação do vírus SARS-CoV-2, e o da tecnologia não é uma exceção.
Na China estão a ser postas em prática diversas medidas que recorrem a meios mais tecnológicos para ajudar a travar a disseminação do vírus. Os robots estão a ser utilizados, por exemplo, para desinfetar as ruas ou realizar funções que, devido ao elevado nível de proximidade com outras pessoas, se tornaram demasiado arriscadas para certas profissões.
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A desinfeção de espaços públicos tornou-se numa prática fundamental para prevenir a propagação do COVID-19. Os robots permitem cobrir uma área muito maior e reduzem o risco de os funcionários, a cargo da limpeza, estarem expostos ao vírus. Além disso, estão também a ser utilizados autómatos, que dispensam desinfetante em gel, ao público, nas ruas de Xangai.
A DJI, por exemplo, decidiu colocar os seus drones ao serviço da população numa iniciativa de 1,5 milhões de dólares. A fabricante chinesa já pulverizou mais de 3 milhões de metros quadrados na região de Shenzhen. A empresa está a incentivar a prática noutras províncias do país, em especial em zonas residenciais, hospitais, fábricas e estações de tratamento de resíduos. Além disso, são vários os grupos de voluntários que estão a dinamizar ações de desinfeção em regiões como Xangai.
Os robots tornaram-se também essenciais para ajudar os médicos e enfermeiros chineses a detetar casos de infeção mais rapidamente. Os autómatos de empresas, como por exemplo a Cheetah Mobile Inc, são utilizados para medir a temperatura dos pacientes, guiá-los dentro dos hospitais, entregar medicamentos e até ajudar a realizar diagnósticos primários.
O Foodom, uma unidade robótica de preparação de comida, está a ser utilizado para ajudar a alimentar o staff de médicos e enfermeiros num centro de quarentena em Wuhan, avança o South China Morning Post. Doado pela Country Garden Holdings, uma das maiores imobiliárias da China, o autómato consegue fazer 120 doses de comida em apenas uma hora.
As empresas chinesas de e-commerce estão a utilizar robots para minimizar os riscos de contágio em relação aos colaboradores que entregam encomendas. A Meituan Dianping, por exemplo, lançou um serviço de entrega ao domicílio com veículos autónomos para tratar das encomendas no distrito de Shunyi em Pequim. Ainda na capital chinesa, a JD.com desenvolveu uma tecnologia semelhante que leva medicamentos e dispositivos médicos a um hospital local e mercearias à comunidade.
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