A 12 de abril de 1961 Yuri Gagarin fazia história, tornando-se o primeiro Homem a viajar para o Espaço. Seguindo à “boleia” do foguetão Vostok 1, que partiu do cosmódromo de Baikonur, no atual Cazaquistão, o cosmonauta de apenas 27 anos passou 108 minutos a orbitar a Terra.
É certo que o nervoso miudinho que sentia antes de embarcar era grande, dado ao calibre da missão e da possibilidade de tudo correr ao contrário do esperado, mas segundos antes da partida para o Espaço, Yuri Gagarin deixou um entusiasta “Poyekhali”, uma expressão russa que pode ser traduzida para “vamos a isso”, que ficou guardado para a posteridade através da magia da Internet.
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Depois da primeira parte da missão estar completa, o cosmonauta saiu da cápsula onde se encontrava, num salto de cerca de 7.000 metros até a Terra, caindo de paraquedas numa zona de campos de cultivo na Rússia.
A notícia do voo mítico de Yuri Gagarin só foi anunciada dois dias depois da sua chegada à Terra, sendo amplamente celebrada pela antiga União Soviética e acendendo o “fogo” da corrida espacial contra os Estados Unidos, que, embora já tivessem uma estratégia de exploração em marcha desde 1959, foram apanhados quase de surpresa.
Porém, sete anos depois de cumprir a missão histórica, Yuri Gagarin veio a falecer aos 34 anos, num incidente a bordo de um avião de treino, cujas circunstâncias permanecem envoltas em mistério e até deram origem a múltiplas teorias da conspiração.
À parte de mistérios, a data em que o cosmonauta partiu para o Espaço continua a ser comemorada todos os anos, com especial fulgor na Rússia onde toma o nome “Dia da Cosmonáutica”, mas também através de celebrações globais como o Yuri’s Night, que decorre desde 2001.
A edição deste ano, marcada por um livestream especial, aconteceu a 10 de abril e contou com a participação de astronautas como Leland Melvin, Ron Garan, Cady Coleman e Bob Crippen da NASA, assim como Luca Parmitano da ESA, além de figuras ilustres como Bill Nye, Richard Branson e Brian May.
Uma chama que se mantém bem acesa
Apesar da sua curta duração, a missão com Gagarin conseguiu demonstrar que os humanos podiam ir ao Espaço e voltar em segurança e, desde então, astronautas e cosmonautas, homens e mulheres, seguem as suas pisadas. De acordo com dados da International Astronaut Database do Center for International and Strategic Studies, mais de 500 pessoas oriundas de 40 países já participaram em viagens espaciais.
Desde a primeira breve incursão humana em 1961, o número de dias passados no Espaço veio a aumentar significativamente. Segundo dados compilados pela Statista, Gennady Padalka, cosmonauta russo, é o detentor do recorde, tendo passado 878 dias acumulados na Estação Espacial Internacional.
Embora não figurem no Top 8, destacam-se ainda as estadias na ISS dos astronautas norte-americanos Peggy Whitson, com um total de 665 dias acumulados, e de Scott Kelly, com 334 dias seguidos. Ainda em 2019, a astronauta Christina Koch bateu o recorde de 288 dias da colega Peggy Whitson, como a mulher a passar mais tempo seguido no espaço.
As ambições de explorar o que existe além da Terra continuam bem vivas, mesmo com o contexto de pandemia de COVID-19 a alterar os planos, por entre as sucessivas expedições à ISS, a preparação da NASA para o regresso à Lua em 2024, a “corrida” a Marte e as novidades no setor do turismo espacial.
Já na Europa, a ESA está à procura de novos astronautas para missões destinadas à ISS, mas também à Lua e a Marte. A campanha de recrutamento, que decorrerá até 28 de maio e que foi classificada como histórica, uma vez que até agora só ocorreram três processos seletivos, o último dos quais em 2008, pretende aumentar a presença de mulheres nas suas fileiras, abrindo também uma vaga experimental para uma pessoa com deficiência física.
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