Durante a sua mais recente Worldwide Developers Conference, a Apple anunciou que as novas versões do iOS, iPadOS e tvOS teriam funcionalidades de segurança e privacidade reforçadas. A gigante de Cupertino revelou que, a partir de 8 de dezembro, os developers de aplicações para a App Store terão de passar a disponibilizar informações detalhadas acerca dos dados que são recolhidos.
A Apple explica que, para ajudar os utilizadores a terem um melhor entendimento das práticas de privacidade de uma aplicação antes de fazerem o seu download, a App Store vai passar a ter em breve uma espécie de “etiquetas” explicativas.
“Em cada uma das páginas de apresentação de uma app, os utilizadores poderão aprender mais sobre os tipos de dados que poderão ser recolhidos e se os mesmos estão relacionados com eles e se serão usados para monitorizá-los”, explica a empresa.
De acordo com a Apple, os developers terão também de manter toda a informação atualizada. Por exemplo, caso exista alguma alteração na forma como a app recolhe dados, os programadores têm de alertar os utilizadores.
Porém, recorde-se que as proteções contra a monitorização feita por aplicações ou websites só vão chegar mesmo em 2021. Embora planeasse a chegada da funcionalidade com o lançamento das novas versões dos seus sistemas operativos, a Apple deu a conhecer que queria dar mais tempo aos developers para fazerem as alterações necessárias às aplicações ou websites de forma a que possam alertar os utilizadores para a possibilidade de estarem a ser monitorizados.
De acordo com os planos da empresa, nas novas versões do iOS e iPadOS, as aplicações terão de pedir permissões adicionais, através de um aviso pop-up, para poderem rastrear os utilizadores e enviar as informações recolhidas para terceiros.
No início de julho, um grupo de 16 associações europeias de publicidade digital lideradas pelo Interactive Advertising Bureau Europe (IAB) assinaram uma carta onde demonstram o seu descontentamento em relação aos novos planos da Apple para reforçar a privacidade dos utilizadores.
O grupo argumenta que o sistema não é compatível com os requerimentos do Regulamento Geral de Proteção de Dados em matéria de obtenção do consentimento dos utilizadores para a apresentação de anúncios personalizados.
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