Mais de 600 condutores foram multados pela Guarda Nacional Republicana por utilização de telemóvel ao volante, no âmbito da operação “Smartphone, Smartdrive” que decorreu entre os dias 6 e 12 de maio. Em comunicado enviado às redações, a GNR informa que foram fiscalizados cerca de 29 mil condutores, tendo sido registadas 9.947 contraordenações rodoviárias.

Além das 649 multas por uso indevido do telemóvel, foram ainda autuados 2.522 condutores por excesso de velocidade, 603, por falta de inspeção periódica e 538 por anomalias nos sistemas de iluminação e sinalização. Durante a operação Smartphone, Smartdrive foram também detetados 427 condutores com excesso de álcool, dos quais 191 foram detidos por apresentarem uma taxa superior a 1,2 gramas por litro.

As multas pelo uso de telemóvel ao volante têm vindo a aumentar no nosso país, algo que tem vindo a preocupar a GNR. De acordo com o comunicado, “a utilização incorreta e o manuseamento de telemóveis, tablets, ou dispositivos similares, para a realização de chamadas, envio de mensagens escritas ou consulta de redes sociais, durante a condução acarreta riscos associados: distração visual (tira os olhos da estrada), limitação motora (tira as mãos do volante) e condicionamento cognitivo (distração na condução)”.

A Guarda Nacional Republicana considera que distração constitui um fator de risco e, como tal, tem sido alvo de crescente atenção nas políticas de segurança rodoviária, revelando que “a Comissão Europeia, no Plano de Ação para a próxima década (2020-2030) destacou a condução distraída como um dos principais comportamentos de risco para a segurança rodoviária, bem como a velocidade excessiva, a não utilização do cinto de segurança ou capacete e a condução sob efeito do álcool ou substâncias psicotrópicas”. Assim, a GNR informa que irá “continuar a exercer uma fiscalização intensiva e terá uma especial preocupação com os comportamentos de risco dos condutores, sobretudo os que ponham em causa a sua segurança e a de terceiros”.