A TCL acaba de reforçar a gama dos seus smartphones da linha TCL 10 com dois novos modelos, o TCL 10 Plus e o TCL 10 SE, mas os equipamentos com ecrãs dobráveis e extensíveis, a cujos protótipos o SAPO TEK já teve acesso, estão no horizonte da marca que tira partido das suas competências e conhecimentos específicos no desenvolvimento de ecrãs.
Na IFA 2019 a TCL mostrou vários conceitos, e este ano tinha preparada a demonstração do ecrã extensível para o MWC 2020, que foi cancelado devido à pandemia de COVID-19. Esta semana, durante o lançamento dos novos modelos do TCL 10, Stefan Streit voltou a mostrar o protótipo do smartphone cujo ecrã desliza, com a ajuda de um pequeno motor, para alargar a área de visualização.
O equipamento usa tecnologia AMOLED flexível e é uma das propostas mais disruptivas de mudança de formato dos smartphones, tendo a primazia em termos de anúncio e trazendo consigo o potencial para se tornar um modelo a aplicar.
O ecrã "estica", usando motores internos que permitem passar facilmente de 6,75 mm para 7,8 mm de display, bastando carregar num botão. Quando aberto a experiência de utilização será mais próxima de um tablet, com a possibilidade de ter várias janelas ativas e multitasking.
A TCL garante que não há vincos ou rugas que têm sido identificadas como um dos problemas dos dobráveis, mas este é ainda um protótipo e os vários contactos de jornalistas têm sido sempre necessariamente breves.
Há ainda outros conceitos em cima da mesa, que Stefan Streit não trouxe a esta conferência, como o tri-fold, o modelo de smartphone que dobra em três e que já tinha sido antecipado no ano passado. Este mostra claramente que o conceito dobrável pode ser aplicado a equipamentos maiores do que um smartphone, criando uma nova categoria e aplicando a tecnologia de dobradiças DragonHinge e ButterflyHinge.
Desta forma é possível transformar um ecrã de 6,65 polegadas num display de 10 polegadas e com um rácio de 20,8:9, com resolução 3K. É o primeiro equipamento com duas dobradiças, que funcionam e que mostram um intervalo mínimo entre os ecrãs.
"Não queremos fazer dos clientes beta testers"
Stefan Streit, general manager TCL Communication marketing, já tinha adiantado em entrevista ao SAPO TEK que a TCL só vai avançar quando o conceito estiver mais maduro, e voltou a reforçar essa ideia.
Defendendo que este é um conceito para o futuro, o responsável de marketing da TCL diz que as pessoas não estão a comprar modelos dobráveis nesta fase.
“Temos os protótipos e estamos a trabalhar na parte mecânica”, afirma, mostrando o equipamento numa videoconferência a partir de Shenzen, na China.
Questionado sobre data de lançamento, Stefan Streit fiz que não consegue confirmar se poderá chegar ao mercado este ano ou só em 2021. “Estamos a monitorizar, mas devido à COVID-19 há muitos movimentos no mercado”, explica. Mesmo assim há hipótese de avançar com testes de grupos controlados. “Depende do mercado e de nos sentirmos confortáveis. Não queremos fazer dos clientes beta testes”, afirmou.
A estratégia será sempre em linha com o que a TCL tem feito noutros modelos de smartphones mais “tradicionais” e que é apostar em características de topo mas com preços acessíveis. E por isso a fasquia de preço de um telemóvel com ecrã flexível é colocada à roda dos mil euros.
“A nossa estratégia é trazer smartphones com preços acessíveis para o mercado. Podemos fazer flagships de preços mais altos mas não achamos que sejam a melhor proposta”, afirma.
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