A iServices, empresa especialista em reparações de equipamentos, dos computadores aos smartphones e tablets registou um crescimento acentuado, mesmo apesar das condicionantes provocadas pela pandemia de COVID-19. Em dois meses foram inauguradas quatro novas lojas no país: na Foz do Porto, Montijo, Setúbal e Viseu, mas há mais planos de expansão previstos, com o recrutamento de 40 a 50 novos colaboradores para os seus quadros, tal como referiu Bruno Borges, CEO da iServices ao SAPO TEK.
“Salientamos que, desde o início do ano, já integrámos mais de 30 técnicos, uma vez que a abertura de cada loja nova representa sempre a contratação de 4 a 5 novos colaboradores, não só para o atendimento em loja, mas também para as várias áreas de suporte na sede”, salienta Bruno Borges, prevendo a abertura de mais duas lojas até ao final do ano.
A empresa, que está a operar há cerca de ano e meio, registou um crescimento superior a 30% na sua faturação. “Atualmente a nossa oferta restringe-se à marca iPhone e veio permitir democratizar o acesso a estes desejados produtos de luxo, a toda a população, com preços acessíveis”, salienta o líder da empresa, reforçando que já é um player de referência no mercado. Para afirmar a confiança dos consumidores na marca, a iServices optou por apenas comercializar equipamentos recondicionados Grade A+, ou seja, os produtos com estado “Excelente” ou “Como novo”. A empresa oferece um ano de garantia em todos os modelos.
No processo de recrutamento, a marca afirma que tem um sistema de contratação aberto para técnicos de eletrotécnica para integração nos quadros da empresa, com políticas de recursos humanos diferenciadores, capaz de proporcionar o seu desenvolvimento pessoal e a construção de uma carreira em todas as áreas, com estabilidade e progressão salarial.
Bruno Borges refere que a empresa tem em aberto diferentes tipos de perfil, tanto para colaboradores com alguns anos de experiência no sector, como posições júnior, como recém-licenciados em engenharia eletrotécnica. Esclarece que os colaboradores selecionados pela empresa têm acesso a uma formação inicial de seis meses, focada na reparação das principais marcas com que trabalha, como a Apple, Samsung, Huawei e Xiaomi, por exemplo, mas também de atendimento ao público.
Adaptação do negócio às medidas de emergência para combater a pandemia
Questionado sobre as tendências de compras entre seminovos e novos, sobretudo nesta época de pandemia, Bruno Borges afirmou ao SAPO TEK que a tendência é mesmo a compra dos usados.
“Os clientes já perceberam que as marcas estão obrigadas a apresentar novos equipamentos todos os anos, mas não necessariamente com uma evolução tecnológica que justifique os elevados preços”.
E por isso, destaca que existe uma grande procura pelos penúltimos e antepenúltimos modelos do iPhone, por exemplo, numa tendência crescente. “Os consumidores sabem que podem adquirir estes modelos topo-de-gama, com preços muito acessíveis e que ainda têm vários anos de vida útil pela frente”.
Sobre o clima de incerteza devido à pandemia, o CEO da iServices afirma que desde março que a empresa decidiu adaptar o seu negócio de forma mais acautelada. “Tendo em consideração as diversas fases desta pandemia, redirecionámos os nossos esforços para os nossos canais digitais e rapidamente nos adaptámos ao novo normal. A equipa focou-se em encontrar as melhores respostas possíveis para os clientes que nos procuravam através dos nossos canais online (website e redes sociais) e foi um período em que tivemos a oportunidade de implementar algumas soluções inovadoras na nossa indústria”.
A empresa percebeu que poderia continuar a responder às necessidades dos seus clientes, sem a necessidade dos mesmos se deslocarem às suas lojas físicas. Para tal, foi implementado um serviço gratuito de recolha e entrega, com estafetas próprios, que levantam os equipamentos nos locais designados pelos clientes e depois de reparados, devolvidos em uma ou duas horas.
“Por outro lado, melhorámos substancialmente a experiência de visita ao nosso website com a implementação de um chat online com uma equipa de técnicos dedicados à resposta imediata a todos os visitantes”, acrescentando que isso fez o negócio online começar a crescer de forma exponencial. “Mesmo quando as pessoas estão em casa, confinadas perante as medidas de emergência, as suas necessidades de reparação de equipamentos e de aquisição de aparelhos recondicionados não paralisa”, salientando que nos últimos meses foi um período em que foram muito procurados devido a acidentes domésticos, tais como avarias derivado a danos de água e outros líquidos, como o álcool gel, assim como a substituição de baterias e trocas de vidros partidos.
A iServices viu também o crescimento na venda online de equipamentos seminovos. Bruno Borges acredita que o confinamento ditou uma utilização ainda mais dependente dos smartphones, e por isso a empresa criou melhores soluções para dar resposta mais rápida às encomendas que foram surgindo. Uma das metas foi entregar em todo o país as encomendas até um período máximo de 24 horas, e em duas horas caso o cliente seja do Porto ou Lisboa. “No memento que atravessamos, estamos conscientes que as entregas ao domicílio ganham uma importância acrescida, pelo que estamos sempre à procura das melhores soluções para os nossos clientes”.
Nesse sentido, a iServices estabeleceu recentemente uma parceria com a Glovo, como mais um canal de distribuição para garantir que os seus produtos cheguem rapidamente aos clientes, de forma mais rápida e eficaz. E assim, é possível receber encomendas em 20-30 minutos através do instante delivery da Glovo, afirmou Bruno Borges.
Apesar da pandemia ter afetado o negócio da empresa, assim como o sector em geral na forma como ele é prestado, Bruno Borges afirma que a sua resiliência e inovação não colocou em causa o seu crescimento. E como resultado, afirma que o crescimento global foi de 35% face ao ano de 2019.
E planos para 2021? “Temos planos para continuar a crescer de forma sustentada e garantir que as principais cidades do nosso país irão ter uma loja iServices. Contamos abrir novas lojas físicas em diversas cidades onde ainda não estamos presentes e simultaneamente reforçar a nossa presença em localidades-chave. Contudo, o nosso investimento não só contempla as lojas físicas como também uma otimização e atualização permanente na nossa loja online”.
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