Além do aviso da PJ sobre os grupos no WhatsApp e de um estudo sobre os Reels do Instagram, a segurança e privacidade de crianças e jovens está novamente “na berlinda”, desta vez nos Estados Unidos, com alguns departamentos de polícia a aconselharem os pais a desativarem a função NameDrop nos iPhone dos filhos.
O NameDrop é uma das novidades do iOS 17, anunciado em junho de 2023. A função, que é uma extensão do AirDrop, chegou com a atualização para o iOS 17.1 e vem ativa por padrão. Funciona com o aproximar a parte de cima de dois iPhone, sendo possível trocar dados de contacto, ao género “cartão de visita” digital.
As autoridades norte-americanas de Ohio e Connecticut emitiram o alerta por considerarem que existe a hipótese de estranhos terem acesso aos dados pessoais das crianças, como nome, número de telefone e endereço de email. Há, no entanto, que quem alegue que o risco de segurança não é significativo.
O processo requer consentimento em vários momentos e só funciona se os telefones estiverem perto um do outro, sendo cancelado se os mesmos se afastarem ou se um dos utilizadores bloquear o ecrã.
O alerta surge num momento em que há mais notícias a destacarem os riscos para as crianças e jovens de outros serviços e aplicações móveis, nomeadamente em Portugal, com a Polícia Judiciária a avisar sobre uma prática emergente relacionada com crimes de pornografia de menores.
Segundo o comunicado da PJ, os criminosos criam grupos no WhatsApp onde são adicionados os contactos de crianças e jovens tanto das escolas básicas como secundárias de diversas zonas do país.
O objetivo é sujeitar os menores à visualização de pornografia de adultos, assim como imagens e vídeos de abusos e exploração sexual de crianças.
Já um estudo ao serviço Reels do Instagram dá conta que o algoritmo da plataforma tem tendência para sugerir conteúdos sexuais a quem mostra interesse por contas de jovens e ainda agrega a isso publicidade de marcas como a Disney.
O teste foi feito pelo The Wall Street Journal, que diz que o serviço de vídeos Reels do Instagram sugere conteúdo sexual relacionado com crianças, e também com adultos, a contas que seguem em exclusivo influenciadores adolescentes e pré-adolescentes, como jovens ginastas e chefes de claque.
O mesmo tipo de conteúdos, supostamente proibidos nas plataformas da Meta, aparecem ainda algumas vezes lado a lado com anúncios de marcas de referência como a Disney, Walmart, Pizza Hut, Bumble, Match Group e do próprio The Wall Street Journal. Segundo o jornal, outros testes do mesmo género levados a cabo pelo Centro Canadiano de Proteção de Crianças conduziram aos mesmos resultados. Os testes foram feitos a partir de contas criadas para o efeito configuradas para seguir conteúdo jovem.
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