A primeira ronda das eleições primárias no estado do Iowa ficou marcada pelo adiamento do anúncio dos resultados do partido Democrata. Em questão, esteve uma falha na aplicação para smartphone desenvolvida para facilitar a contagem por parte da organização dos locais de voto.
A Shadow Inc. é quem está por trás da aplicação e veio a público, através da sua conta do Twitter, pedir desculpa pelo sucedido. A empresa fundada pela ACRONYM, uma organização sem fins lucrativos do partido Democrata, admite que o processo utilizado para transmitir os resultados gerados a partir dos dados introduzidos na aplicação não foi rigoroso.
O CEO da Shadow Inc., Gerard Niemira, também saiu das “sombras” para pedir desculpa pela falha na aplicação. “Fiquei desapontado ao perceber que a tecnologia que desenvolvemos causou um problema que complicou o caucus no Iowa. Sentimo-nos muito mal por isso”, indicou o responsável à Bloomberg na primeira entrevista depois do momento eleitoral.
De acordo com Gerard Niemira, o problema foi causado por uma falha no código que transmitia os resultados ao “armazém de dados” do partido Democrata, algo que teve um “impacto catastrófico”. Não obstante, o CEO afirma que as informações não foram comprometidas: “Não existem provas de que tenha sido causado por hackers ou por intervenção de outros países”.
Embora a falha no código da aplicação tenha sido resolvida, Gerard Niemira admite que o problema poderia ter sido evitado. “Sim, era uma situação que podia ter sido antecipada. Sim, nós preparámos medidas para tentar evitá-la. Mesmo assim, falhámos.”
O CEO admite também que a Shadow Inc. nunca tinha trabalhado na área das eleições, sendo que os estados do Iowa e do Nevada seriam os terrenos de testes da primeira aplicação desenvolvida para esse propósito. Após o caos do primeiro caucus, os representantes Democratas do Nevada anunciaram que não vão usar a aplicação.
Recorde-se que, em janeiro deste ano, os representantes Democratas no Iowa tinham dado a conhecer que utilizariam a aplicação para ajudar na contagem dos votos e divulgação dos resultados, mesmo perante a possibilidade de ataques de hackers ou de interferência de outros países, como no caso das eleições presidenciais de 2016.
Nas semanas anteriores ao caucus no Iowa, o partido recusou-se a divulgar quem tinha desenvolvido a aplicação, mantendo em segredo as suas especificações e pormenores técnicos. A decisão deixou os especialistas de cibersegurança preocupados, uma vez que a aplicação levantava diversas questões a nível de segurança do público.
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