Nas últimas semanas o TikTok lançou várias ferramentas para reforçar o posicionamento da plataforma como um ativo rentável. Há novas funcionalidades para monetizar conteúdos e atrair sempre mais criadores, que por sua vez também trazem mais visualizações. Há novidades também para anunciantes.
O que oficialmente não há são dados oficiais que mostrem até que ponto esta estratégia influencia o mix de conteúdos que chegam a quem usa a rede social, entre publicações realmente do seu interesse, publicidade, conteúdo patrocinado ou de parceiros que, por diferentes razões, é cada vez mais destacado que outros por critérios, que não têm necessariamente a ver o interesse desse conteúdo.
Dois jornalistas da Business Insider decidiram gastar algum tempo para tentar perceber o peso destes conteúdos no feed do TiKTok. Analisaram 1000 publicações no total. Cada um ficou com uma amostra de 500 TikToks e ambos chegaram à mesma conclusão: 30% dos vídeos mostrados pela plataforma tinham alguma influência comercial.
A análise mostrou que a maior parte destes conteúdos comerciais são anúncios, na sua fórmula clássica, que se juntam a conteúdos de parceiros afiliados, conteúdos patrocinados, promoção em nome próprio de produtos ou negócios e análises de produto, que foram também classificadas como conteúdo comercial quando se referem a um produto específico.
Tudo somado, faz do TikTok uma plataforma tão comercial como uma televisão generalista, onde a percentagem de publicidade exibida também representa quase 30% da emissão, frisam os autores da análise.
Entre as novidades que o TikTok tem vindo a acrescentar para gerar negócio na rede social está por exemplo o lançamento do TikTok Shop, que aproxima os anunciantes dos milhões de utilizadores da rede social e permite, por exemplo, que os criadores de conteúdos explorem mais uma forma de ganhar dinheiro na plataforma, quando promoverem produtos deste novo canal de ecommerce.
Correm também informações que a rede social da chinesa ByteDance tem planos para vender os seus próprios produtos na plataforma, à semelhança daquilo que já faz a Amazon e sabe-se que está em teste uma versão paga do serviço, que pode já estar a mudar a estratégia associado aos conteúdos gratuitos.
A análise da Insider, que o site sublinha que não tem base científica, foi feita na sequência das queixas que começaram a surgir por parte de alguns utilizadores do TikTok, sobre a quantidade de vídeos publicitários na plataforma. Um dos jornalistas refere que, ele próprio, já tinha percebido antes da experiência que o número de anúncios entre vídeos estava a aumentar, mas só depois de prestar mais atenção no assunto começou a perceber que, por cada dois ou três TikToks “normais”, lhe aparecia no perfil um conteúdo promocional.
Nepal vai bloquear TikTok
Entretanto, a rede social continua a enfrentar desconfiança em vários países. Desta vez foi o Nepal a anunciar que vai proibir o acesso à plataforma. As entidades oficiais dizem que a má utilização da rede social está a ameaçar a harmonia social no país. Segundo jornais locais, citados pela Reuters, nos últimos quatro anos foram apresentadas mais de 1.600 queixas de cibercrimes relacionados com a utilização do TikTok.
O governo decidiu agora dar ordem aos operadores de telecomunicações para bloquearem o acesso à aplicação. Alguns já terão cumprido, outros estão a levar a cabo as medidas técnicas necessárias para o fazer, confirmou a ministra das telecomunicações e tecnologias da informação, Rekha Sharma, à agência.
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