A Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT) anunciou a segunda edição do programa RESTART, que tem como objetivo promover a igualdade e dar oportunidades nas atividades e carreiras de investigação e desenvolvimento. A comunidade de investigação científica está desta forma convidada a registar a sua candidatura ao programa entre o dia 9 de abril e 14 de maio.

A FCT diz que Portugal é um dos países do mundo que tem registado, na área de investigação científica, avanços nos indicadores de paridade entre homens e mulheres, mas que ainda é necessário dar resposta a desigualdades significativas. E com o programa RESTART a incidir na ajuda a investigadoras que estejam nos ciclos iniciais das suas carreiras, procurando ultrapassar desafios como a licença paternal, a gestão de equipas e projetos ou captação de financiamento. É sobretudo um programa criado para ajudar no regresso da mulher à atividade científica depois da licença parental.

Através do financiamento, o programa RESTART procura oferecer um maior equilíbrio entre a família e carreira. As investigadoras vão poder desenvolver atividade em instituições nacionais, através de financiamento obtido num concurso competitivo, de projetos individuais. A FCT diz que há um montante máximo de 50 mil euros, para uma duração de execução do projeto de 18 meses. Para esta segunda edição do RESTART há um orçamento de 1,6 milhões de euros.

Na primeira edição do RESTART, realizado em 2023, foram aprovados 31 projetos em todos os domínios científicos, num financiamento global de 1,5 milhões de euros. 30 desses projetos aprovados foram submetidos por mulheres.

Nesta segunda edição do programa, podem candidatar-se investigadoras nacionais ou estrangeiras, que devem ter grau de doutor, sem membro integrado doutorado de uma unidade de I&D ou ter vínculo contratual com um laboratório do Estado. Ter beneficiado de uma licença parental ou de adoção, de uma duração igual ou superior a 120 dias. A licença parental partilhada e adoção por mais de 72 dias também é válida.