
A Valve criou a Steam Deck, uma consola PC, a funcionar no ecossistema de jogos da plataforma Steam, demonstrando que era uma excelente ideia trazer a experiência portátil da Switch para os computadores. A aceitação geral foi excelente e rapidamente as principais fabricantes de computadores entraram nessa corrida, nomeadamente a Asus, Lenovo, MSI e Acer, a lançarem os seus modelos.
Neste momento, espera-se a segunda geração dessas consolas portáteis, com melhorias ao nível do processamento e novas funcionalidades. Mas pelo meio, se a Asus lançou uma versão revista da primeira consola, a ROG Ally X, também a Lenovo procedeu ao lançamento da Legion Go S, antes da estreia da Legion Go 2. Esta nova versão tem uma cor exclusiva em branco, no caso da escolha do modelo Steam OS.
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Algumas semanas de teste com este novo modelo da Lenovo permitem perceber as possibilidades que este segmento oferece, abrindo-se igualmente novas necessidades. O utilizador prefere uma consola com ecrã maior ou mais compacta? Com mais autonomia para levar em viagem, mas cortando alguma capacidade de correr os jogos mais poderosos? A experiência com o novo modelo foi bastante agradável, ainda que pessoalmente prefira o ecrã mais generoso da primeira versão.
Veja na galeria imagens da Lenovo Legion Go S
A nova consola tem um LCD com apenas 8 polegadas em comparação com a consola original que tem um IPS de 8,8 polegadas. A resolução baixou dos 2560x1600 com taxa de refrescamento de 144 Hz para 1920x1200 a 120 Hz e 500 nits de brilho. O ecrã é claramente inferior, ajudando a tornar a consola mais portátil e compacta, igualmente amiga da autonomia. O seu corpo unibody elimina a capacidade de destacar os comandos, tal como na versão original. Esta remodelação faz lembrar a Switch Lite da Nintendo, em termos de comparação, para o melhor e pior. Considerando que, pessoalmente, raramente retiro os comandos das consolas, esta decisão é bem-vinda, tornando-a mais sólida e resistente contra quedas, mas também mais confortável e leve de a utilizar.
Não se deixe enganar, este não é um upgrade da Legion Go, é uma versão mais em conta, menos vitaminada, que pode servir como aperitivo para a segunda geração do modelo da Lenovo. Basta olhar para o seu processador, o AMD Ryzen Z2 Go, a versão “light” do processador que vai alimentar a Legion Go 2, com o chip Extreme, enquanto que a versão original tinha também um Ryzen Z1 Extreme. Para compensar, é possível aceder até 32 GB de RAM LPDDR5X nesta Go, o dobro de memória do original.
Estas foram as principais diferenças a nível de hardware, porque a decisão mais importante é que esta consola descarta o Windows 11, abraçando o SteamOS, o sistema operativo da Steam Deck, baseado em Linux. Isto significa que a consola é agora mais rápida a correr os jogos, pois não tem toda a quantidade de “lixo” do Windows 11 que não era necessário ter na consola, mas que era instalado por não a distinguir de um computador normal.
Veja o vídeo:
Isto significa que com a Legion Go S, na versão SteamOS (embora haja uma versão Windows 11), os jogadores vão ter a mesma experiência no acesso aos jogos da biblioteca Steam, assim como beneficiar das otimizações feitas aos jogos para este formato portátil. Ou seja, quando um jogo da biblioteca é assinalado como compatível com o Steam Deck, o mesmo se aplica a esta portátil da Lenovo. Tudo isso contribui para uma maior autonomia, dentro do que é possível. Dependendo dos jogos, pode durar até umas três horas de jogo, sobretudo nas produções indie, menos exigentes, mas se optar pelos AAA que requeiram mais processamento, dura pouco mais de uma hora até o indicador começar a piscar.
Na nossa experiência, nota-se que a consola é perfeita para sessões de jogo mais casuais, aventuras point & click, RPGs e outros títulos que não sejam tão exigentes. Fomos mauzinhos e colocámos Mafia: The Old Country a correr, mas este título, mal optimizado em qualquer PC, simplesmente fez a consola soluçar, tornando-se injogável. Esta não é a versão para quem deseja correr os títulos mais poderosos do mercado, mesmo que seja uma consola mais leve em sistema operativo e com mais memória. Mas títulos como o novo Shinobi e outras aventuras são perfeitas para jogar nesta plataforma.
Veja as imagens:
Há mais duas diferenças físicas entre as duas consolas. Esta nova versão tem as duas entradas no topo da consola, enquanto a primeira tem uma em baixo para ligar a uma dockstation. Os gatilhos têm interruptores que trancam a pressão, para jogos onde não precisa pressionar a fundo esses botões. O pequeno quadrado que serve de TouchPad foi diminuído, permitindo utilizar para controlar o ponteiro do rato em jogos que se aplique. Mesmo mais pequeno, continua a ser eficaz a sua utilização. Até porque a interface do Steam é semelhante a uma consola, não é preciso usar o ponteiro como na versão anterior do Windows 11.
Há uma diferença entre a abordagem da Lenovo, em relação à Asus. A Legion Go S foi criada para ter uma maior autonomia, já a ROG Ally X, que o TEK Notícias também testou, foi otimizada para corrigir problemas da primeira versão, ao mesmo tempo que a tornava mais compacta. Por outro lado, esta nova versão tem um design bem menos maciço, é mais confortável e leve de pegar nela enquanto se joga.
Mesmo não sendo o melhor modelo de consola portátil, esta é uma opção com um preço mais acessível em cerca de 630 euros. Tem várias vantagens pelo seu design compacto, mas a performance não está muito longe da primeira versão. Mesmo sendo mais leve em termos de sistema operativo, os resultados de autonomia não se destacam. É mais confortável de utilizar em formato portátil, mas perde as suas características de micro PC, como a primeira versão se optar pelo sistema operativo SteamOS (a versão Windows 11 chega mais tarde). Mas para correr a maioria dos jogos do Steam, sobretudo indies e menos exigentes, continua a ser um luxo jogar em qualquer lugar os títulos de PC.
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