Por Catarina Costa (*)

Phishing, ransomware, decoy, DDoS (Distributed Denial of Service). Estes são apenas alguns dos mais conhecidos ataques cibernéticos aos quais as empresas estão, diariamente, expostas. À medida que estas ameaças se vão tornando cada vez mais sofisticadas, podendo mesmo afetar a própria reputação de uma organização, torna-se progressivamente importante olhar para o profissional de cibersegurança como um imprescindível aliado na proteção de dados alojados na rede.

É difícil falar sobre este tema sem trazer ao de cima o impacto que a pandemia teve nas nossas vidas. A necessidade de adaptação quase instantânea aos sucessivos confinamentos foi transversal a todos os setores e, numa fase em que, de um dia para outro, muitos tiveram de passar a aceder a redes VPN através de casa, a exposição foi impulsionada, facilitando os ataques de hackers. A cibersegurança, uma área que, na verdade, existe há já algum tempo, passou a ser vista como a solução para proteger as empresas, e a procura por profissionais nesta área começou a crescer. De facto, os dados mais recentes divulgados pela ManpowerGroup Portugal, relativos às profissões com maior procura e salários mais competitivos, colocam esta atividade no top 10. Então, não tenho dúvidas de que esta é uma tendência que vai passar para primeiro plano para muitas empresas, em Portugal.

De acordo com o Relatório de Cibersegurança em Portugal, o país definiu uma estratégia de sensibilização e consciencialização sobre esta temática, com vista a combater a falta de informação da sociedade, e das próprias empresas. E eu acredito que o caminho passa mesmo por aqui. Formação, formação e formação, por todo o país.

Dado que devemos continuar a assumir o trabalho remoto como uma realidade, há um desafio crescente em encontrar e contratar profissionais aptos para a proteção das empresas. O facto de haver uma escassez de talento em Portugal também não ajuda nesta procura. No entanto, há boas notícias: de acordo com a ESET, Portugal lidera o pódio dos países mais ciberseguros da Europa. Isto significa que a sociedade começa a perceber a importância desta temática e a vantagem competitiva reside precisamente aí. Este é o momento, por isso, de olhar para o futuro. As funções possíveis na área da cibersegurança são quase infindáveis – e a necessidade de as ocupar também. Temos como exemplos Analista de dados, Analista Forense, Técnico de Resposta a Incidentes, Administrador de Base de Dados e Incident Responder. Mas a lista continua e revela uma área em constante crescimento num setor com uma procura atípica(mente positiva) e com um nível de salários acima do normal.

Como tal, é essencial que as escolas, independentemente do método de ensino que adotam, promovam a cibereducação, de forma a garantir um futuro sorridente às empresas e à própria sociedade.

(*) responsável pelo campus da Ironhack

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