Por Jon Fath (*)

A Europa não precisa apenas de mais inovação. Precisa de uma base sólida para a sua economia digital. Uma estrutura moderna, segura e transparente que reflita os valores europeus e sirva melhor as pessoas e as empresas.

No fundo, acredito que o futuro da economia europeia passa por juntar três elementos-chave: inteligência artificial ética, cibersegurança forte e tecnologias avançadas como a computação quântica. Não basta adaptar o que já existe; precisamos de repensar a infraestrutura digital que suporta a atividade económica, de forma a responder aos desafios atuais e futuros.

Hoje, a maioria das PMEs europeias opera num contexto fragmentado, lento e pouco preparado para o mundo digital. Estas empresas representam mais de metade da riqueza criada no setor privado europeu e empregam cerca de dois terços da força trabalhadora, mas continuam dependentes de soluções estrangeiras que nem sempre respeitam os nossos valores, nem servem os nossos interesses. Isso tem de mudar.

A Europa tem uma oportunidade única: desenvolver soluções tecnológicas que protejam os dados, garantam a segurança das operações e ajudem as empresas a crescer. Com IA responsável, é possível prever riscos, evitar fraudes, simplificar processos e libertar tempo para o que realmente importa. Com boas práticas de cibersegurança, podemos aumentar a confiança e reduzir a dependência de terceiros. E, com tecnologia de ponta, conseguimos tornar o sistema mais eficiente, mais ágil e mais justo.

Este é o momento de investir em soluções que coloquem as PMEs no centro. Que promovam a autonomia, a transparência e a inclusão. E que nos permitam construir uma economia mais forte e mais preparada para o futuro. A tecnologia deve estar ao serviço das pessoas – e a Europa tem tudo para liderar esta transformação, se fizer dela uma prioridade.

(*) cofundador e CEO da Rauva