Numa publicação na rede social X, o gabinete do representante da Casa Branca para o Comércio (USTR, na sigla em inglês) acusa a UE e os seus Estados-membros de promoverem processos judiciais, impostos multas e diretivas discriminatórias contra fornecedores norte-americanos de serviços.

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A mesma mensagem argumenta que várias empresas europeias, como Accenture, DHL, Siemens ou Spotify, “operam livremente” no mercado norte-americano.

Se a UE continuar a limitar a competitividade das empresas norte-americanas através de meios discriminatórios, “os Estados Unidos não terão outra opção senão usar todas as ferramentas ao seu dispor para contrariar estas medidas irrazoáveis”. Neste caso, a legislação norte-americana permite a aplicação de taxas e de restrições a serviços estrangeiros, aponta o USTR.

Recorde-se que, ao longo dos últimos anos, Bruxelas tem aumentado o escrutínio sobre as grandes tecnológicas, avançando com multas e medidas mais “apertadas” contra as empresas que violam as regras europeias.

Ainda no início de dezembro, a Comissão Europeia avançou com uma multa de 120 milhões de euros à rede social X, por violar as suas obrigações de transparência ao abrigo do Regulamento dos Serviços Digitais (DSA, na sigla em inglês).

Em resposta, Elon Musk, dono da plataforma, apelou à extinção da União Europeia. “A UE deve ser abolida e a soberania devolvida aos países individuais, para que os governos possam representar melhor os seus povos”, escreveu o magnata na sua conta na rede social.

Elon Musk pede a extinção da União Europeia. Bruxelas garante que multa à X é para pagar
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Andrew Puzder, embaixador dos Estados Unidos na UE, considerou que a multa é o “resultado de uma regulamentação excessiva da UE, que visa a inovação americana”, acrescentando que a Administração Trump “opõe-se à censura e contesta regulamentações onerosas que visam empresas americanas no estrangeiro”.

Marco Rubio, secretário de Estado dos Estados Unidos, também já tinha feito duras críticas à multa europeia, considerando-a um “ataque a todas as plataformas tecnológicas americanas e ao povo americano por parte de governos estrangeiros”.

Citado pela Reuters, Thomas Regnier, porta-voz do executivo comunitário, responde às acusações do USTR afirmando que as regras europeias “se aplicam de maneira igual e justa a todas as empresas que operam na UE”.

Como realça o porta-voz, estes regulamentos têm como objetivo garantir “um ambiente seguro, justo e com condições equitativas”, acrescentando que a sua implementação é feita “sem descriminação”.

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