Os Estados Unidos emitiram uma ordem para proibir a venda de novos drones e componentes para estes equipamentos por parte da DJI, que tem mais de 50% da quota deste mercado no país.
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A medida abrange também a Autel e outros fabricantes chineses de drones e só admite exceções com autorizações específicas. Os drones vendidos até aqui continuam a poder ser usados, bem como os modelos que já estavam em comercialização.
A proibição representa um endurecimento das políticas norte-americanas contra empresas chinesas, que o governo chinês já comentou, considerando a decisão discriminatória.
A decisão da Federal Communications Commission assenta em novas conclusões de um relatório de segurança preparado por várias agências americanas sobre os riscos dos drones estrangeiros, onde se conclui que os drones e componentes importados representam riscos à segurança. Estas ameaças decorrem da “vigilância não autorizada, exfiltração de dados confidenciais, vulnerabilidades na cadeia de abastecimento e outras ameaças potenciais à segurança interna”, avança a Reuters citando a informação disponibilizada pela FCC.
Os planos para endurecer as regras nesta área e impor mais limitações aos fabricantes chineses eram conhecidos. Há anos que são uma possibilidade e já tinham sido pré-anunciados pelo departamento de comércio em setembro. Isso aconteceu já depois de, em junho, o presidente Donald Trump ter assinado uma ordem executiva para reduzir a dependência dos EUA em relação às empresas chinesas de drones.
No início do mês, a DJI sublinhava, em declarações sobre esta possibilidade, que cerca de 80% das mais de 1.800 agências estaduais e locais de segurança e resposta a emergências que operam programas de drones utilizam a tecnologia DJI. “Esses programas vão ficar em risco imediato se deixarem de ter acesso à tecnologia de drones mais económica e eficiente disponível”, alertou a DJI.
A empresa diz-se agora desapontada com a medida e sublinha que não foram divulgados quaisquer dados concretos que justifiquem a proibição imposta à empresa.
Lin Jian, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, acrescentou que o país se opõe à “interpretação excessivamente ampla do conceito de segurança nacional” usada pelos Estados Unidos para criar listas “discriminatórias”, cita a agência Reuters.
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