Com o anúncio de compra do Covilhã Data Center Campus, a Asterion Industrial Partners quer assinalar a sua entrada no mercado de datacenters em Portugal, que vê com bons "olhos", apontando fatores como preços de energia reduzidos, conetividade terrestre robusta e condições regulatórias favoráveis. 

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Em comunicado, a empresa de investimento em infraestrutura afirma que, Portugal também se destaca como um dos mercados de fibra mais avançados da Europa, beneficiando de "um sistema energético resiliente, apoiado por um investimento significativo em energia renovável".

Segundo a Asterion Industrial Partners, o centro de dados da Altice Portugal conta com uma capacidade instalada de 6,8 MW, além de um design modular que permitirá uma “expansão significativa”. O datacenter dispõe de uma capacidade adicional até 75 MW através de novos módulos integrados no campus, tendo ainda a possibilidade de atingir 175 MW em terrenos adjacentes, já com fornecimento de energia garantido. 

Uma vez que se localiza a 200 km do Porto e a 220 km de Lisboa, o campus poderá servir tanto o mercado português como grandes empresas tecnológicas que operam infraestruturas de computação na Cloud à escala global, além de empresas europeias na área da IA que precisem de infraestruturas de computação de elevado desempenho. 

Ao abrigo de um acordo de serviços de longo prazo, a Altice Portugal vai continuar a ser o principal cliente do datacenter, “reforçando uma parceria estratégica que assegura continuidade e previsibilidade para ambas as partes”, afirma a empresa. 

Há já vários anos que a venda do datacenter estava a ser equacionada. Como recorda o Expresso, o Covilhã Data Center Campus, construido em 2013, foi alvo de um investimento de 100 milhões de euros em 2023. Nesse ano, a Horizon Equity Partners liderava as negociações para a compra do datacenter. No entanto, o processo acabou por ser suspenso devido ao escândalo da Operação Picoas em Portugal, que levou à detenção do sócio Armando Pereira.

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