A Google anunciou a construção de três novos data centers nos Estados Unidos, que vão juntar-se aos 44 que a empresa já tem no país. As novas infraestruturas vão dar um contributo de "peso" para aumentar a preponderância do Texas, enquanto um dos Estados americanos com mais datacenters, e um dos mais requisitados na nova onda de centros de dados para gerir e processar tarefas de inteligência artificial.

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A própria Google já tinha outros centros de dados no Texas e com estes novos projetos, que devem estar concluídos em 2027, aumenta o investimento no Estado em 40 mil milhões de dólares.

O governador do Texas já sublinhou que este é o maior investimento individual da Google num único Estado, um Estado que no último mês recebeu investimentos importantes de mais duas empresas para a mesma área: a Microsoft e a Anthropic.

Como estes novos investimentos, como sublinha a Fast Company, o Texas passa a concentrar 415 datacenters e assume-se como o segundo Estado do país com mais infraestruturas deste tipo. A Virginia é líder com 660.

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À medida que a capacidade instalada cresce e se prepara para continuar a aumentar, também crescem as preocupações dos ambientalistas. Os requisitos de energia dos centros de dados na América do Norte passaram de 2.688 megawatts no final de 2022, para 5.341 megawatts no final de 2023, segundo dados do Instituto de Tecnologia de Massachusetts.

Enquanto isso, as empresas apontam esforços para diversificar fontes de energia e minimizar os impactos ambientais da atividade. A Google, por exemplo, garante que os datacenters em construção vão ser apoiadas por investimentos que vão trazer novos recursos energéticos para a rede.

Há também um  Fundo Impacto Energético com 30 milhões de dólares, para ampliar e acelerar iniciativas energéticas e a empresa compromete-se a contribuir diretamente para a formação de recursos na área da eletricidade. Tanto dos recursos atuais, como de 1.700 estagiários até 2030.

Mas a velocidade de expansão dos datacenters no país deixa pouca margem para diversificar as fontes de energia que os vão suportar ao mesmo ritmo, alertam os especialistas.

“O ritmo a que as empresas estão a construir novos centros de dados significa que a maior parte da eletricidade para alimentá-los deve vir de centrais elétricas a combustíveis fósseis”, frisou Noman Bashir, investigador de computação e impacto climático do Consórcio de Clima e Sustentabilidade do MIT, à publicação digital.

Um estudo da universidade de Cornell também antecipa que, até 2030, o impacto dos centros de dados de IA na saúde pública dos americanos será o dobro do impacto da indústria siderúrgica e pode mesmo ser equivalente ao impacto de todos os carros, autocarros e camiões da Califórnia.

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