Ainda é cedo para começar a ver os drones da Amazon a sobrevoar os céus dos Estados Unidos para entregar encomendas, mas a empresa de Jeff Bezos conseguiu dar mais um passo importante nesse sentido. A FAA já passou a certificação à Amazon para usar drones no seu serviço Prime Air para que a empresa comece a massificar os testes.

A Amazon não revelou em que cidades norte-americanas vai começar a testar, mas é dado conta de que em Northwest e perto da zona de Vancouver no Canadá, foram também registados testes. A FAA ainda precisa de definir a regulamentação oficial sobre o transporte de encomendas por drones, em paralelo a esta fase de testes.

Segundo avança a Bloomberg, a Amazon passa assim a deter o estatuto de “transportadora aérea” e dessa forma testar entregas comerciais de produtos. Os drones, esses foram apresentados no ano passado, e podem voar até 24 km e uma capacidade para entregar pacotes com um peso de 2,3 kg. O drone descola verticalmente, como um helicóptero, mas uma vez no ar pode voar como um avião, à semelhança de um caça Lockheed Martin F-35 Lightning II.

O drone será pilotado de forma autónoma, utilizando uma série de sensores. A Amazon afirma que os clientes podem esperar as suas encomendas serem entregues em 30 minutos

Jeff Bezos anunciou pela primeira vez o programa Prime Air em 2013, durante uma entrevista no programa da CBS "60 Minutes". O seu primeiro teste público realizou-se em 2016 em Cambridge, Inglaterra, mas os drones da Amazon tiveram de passar por algumas revisões completas de design nos últimos seis anos.

“Esta certificação é um importante passo em frente para o Prime Air e é um indicador da confiança da FAA nas operações da Amazon e nos respetivos procedimentos de segurança para o serviço de entregas através de drones autónomos, que um dia entregarão encomendas aos nossos clientes espalhados pelo mundo”, salienta David Carbon, vice-presidente da Amazon que supervisiona a divisão Prime Air, em comunicado.

Do lado da FAA, é referido que a certificação demonstra que está a suportar a inovação no campo dos drones, mas garantindo que os aparelhos circulem e operem em segurança. Outras empresas que também já têm a certificação para operar drones comerciais são a Wing, subsidiária da Alphabet Inc. em parceria com a Walgreens e a FedEx, e a United Parcel Service Inc. A UPS também tem distribuído encomendas a hospitais na Carolina do Norte. Mas há mais empresas à espera da aprovação da FAA.

A regulamentação da FAA deverá estar pronta no final do ano, e inclui regras sobre como os drones podem voar em regiões com concentração de pessoas, assim como os acessos às entregas. Por outro lado, as regras procuram ainda manter a identificação dos veículos, localização, e outras situações para minimizar riscos de terrorismo ou tentativas de destruição dos equipamentos voadores.