O website oficial do Sporting Clube de Portugal (SCP) foi alvo de um ataque DDoS. “Estamos a realizar todos os esforços para resolver a situação e repor a normalidade”, avança o clube na sua página do Facebook.

Como explica, o ataque, registado esta manhã, “consiste no envio de pedidos excessivos provenientes de vários computadores também eles comprometidos, causando sobrecarga nos servidores alvo”. O elevado número de pedidos “tem como objetivo interromper o normal funcionamento do site causando constrangimentos no acesso, podendo inclusive levar à indisponibilidade total do serviço”.

O também o website do Futebol Clube do Porto (FC Porto) está a ser alvo de um ataque informático, disse hoje à Lusa fonte do clube.  “Estamos a ser alvo de um ataque de DDoS (Distributed Denial of Service). São milhões de pedidos de acesso, que entopem o site, e fizeram com que este tenha ficado em baixo”, afirmou fonte oficial do clube.

Segundo a mesma fonte, o FC Porto aguarda que esta situação seja resolvida o mais rápido possível, garantindo que os atacantes “não entram na estrutura” do website dos dragões.

Desde o início deste ano que várias empresas e entidades portuguesas têm sido vítimas de ataques informáticos. O ataque à Impresa, dona da SIC e do Expresso, aconteceu logo nos primeiros dias de 2022, seguindo-se um ao website da Assembleia da República. Em fevereiro, a Vodafone, o grupo Cofina, a Trust in News e os Laboratórios Germano de Sousa também foram atacadas.

No final de março, a Sonae MC, dona do Continente, foi visada e, mais tarde, a EDA - Eletricidade dos Açores, e as restantes associadas do grupo, assim como a agência Lusa, juntaram-se ao grupo de entidades que foram vítimas de ataques.

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Mais recentemente, a TAP foi alvo de um ciberataque cuja autoria foi reivindicada pelo grupo de ransomware Ragnar Locker. Depois de alegarem que tinham roubado os dados de mais de 400 clientes da companhia aérea, os piratas começaram a expôr a informação, ameaçando divulgar mais. 

A TAP admitiu que os hackers conseguiram aceder e expor informação pessoal de um "número limitado de clientes", incluindo “nome, nacionalidade, género, morada, email, contato telefónico, data de registo de cliente e número de passageiro frequente”.

Além disso, centenas de documentos “secretos e confidenciais”, enviados pela NATO a Portugal, foram encontrados à venda na darkweb. A exposição dos documentos terá sido resultado de um ataque informático “prolongado e sem precedentes" ao Estado-Maior-General das Forças Armadas (EMGFA).

Ministério Público revelou na terça-feira que abriu um inquérito ligado ao ciberataque contra o Estado-Maior-General das Forças Armadas. Já hoje a Comissão Europeia disse estar “plenamente consciente” dos recentes ciberataques em Portugal, contra a TAP e o Estado-Maior-General das Forças Armadas, garantindo que estes incidentes estarão abrangidos pelos novos requisitos europeus.

Nota de redação: A notícia foi atualizada com mais informação (Última atualização: 11h56)