Dados do Eurostat revelam que, em 2021, 26% da população da União Europeia (UE) com idades entre os 16 e os 74 anos tinham competências digitais acima do básico. No entanto, a maior percentagem de pessoas que se enquadram nesta categoria foi registada nas cidades, com 33%. Por contraste, a menor foi verificada nas zonas rurais, com 20%.

A tendência é comum em 26 dos 27 países da UE, incluindo em Portugal, a maior percentagem de pessoas com competências digitais acima do básico encontrava-se nas cidades, com 33,9%. Já nos subúrbios e zonas rurais, as percentagens descem para 26,42% e 20,79%, respetivamente.

Como explica o Eurostat, Malta foi o único país onde a maior percentagem de indivíduos com capacidades digitais acima do básico se encontrava nos subúrbios (36,32%)

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O indicador de competências analisado pelo Eurostat é composto por cinco tipos de capacidades, incluindo na área de informação e literacia de dados, comunicação e colaboração, criação de conteúdo digital, segurança e resolução de problemas.

Os dados partilhados permitem ver que, em 2021, 77% da população com idades entre os 16 e os 74 anos tinha capacidades de comunicação e colaboração digital acima do básico. Novamente, as cidades registaram uma maior percentagem de indivíduos que se enquadram nesta categoria em comparação com zonas rurais: 82% versus 71%, respetivamente.

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O mesmo padrão foi identificado nos restantes indicadores. A área das capacidades de criação de conteúdo afirma-se como aquela onde existe o maior “fosso” entre cidades e áreas rurais, com uma diferença de 16 pontos percentuais entre as percentagens registadas.

Note-se, no entanto, que existem exceções. Por exemplo, na Bélgica, a maior percentagem de indivíduos com capacidades acima do básico na área de informação e literacia de dados foi encontrada nos subúrbios, com 71%. Por comparação, a percentagem nas áreas rurais foi de 70% e nas cidades de 68%.

Olhando para Chipre, a maior percentagem de pessoas com capacidades de comunicação e colaboração digital acima do básico registou-se também nos subúrbios, com 91%. Verifica-se uma tendência semelhante nos Países Baixos, onde 94% da população a habitar em áreas rurais tinha capacidades de comunicação e colaboração digital acima do básico.