Os cibercriminosos têm vindo a aproveitar os receios dos utilizadores em torno da pandemia de COVID-19 para lançar ataques em diversas plataformas e levar a cabo inúmeros esquemas fraudulentos. A combinação da elevada procura por equipamento e materiais hospitalares, a vasta quantidade de desinformação online e a ansiedade generalizada da população criam o ambiente perfeito para os “oportunistas” atacarem.

Para não cair na “armadilha” dos cibercriminosos é necessário manter-se atento, pois, como diz o popular ditado, as aparências iludem. O SAPO TEK reuniu algumas recomendações práticas que deve seguir para garantir que está protegido contra as crescentes ameaças que chegam por email, SMS e até por meio de aplicações aparentemente fidedignas.

Clique na galeria para ficar a conhecer algumas dicas que deve seguir

Quais são as principais táticas dos cibercriminosos?

O mais recente boletim do Observatório do Centro Nacional de Cibersegurança (CNCS) deu a conhecer que os esquemas fraudulentos que recorrem a técnicas de engenharia social para se aproveitar dos receios dos utilizadores são cada vez mais frequentes desde que a pandemia de COVID-19 começou a afetar Portugal.

CERT.PT registou 138 incidentes de cibersegurança entre fevereiro e março. Phishing continua a aumentar
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A Organização Mundial de Saúde (OMS) tem sido um dos principais “alvos” dos atacantes e o seu nome é utilizado em vários esquemas de phishing, seja através de emails ou de websites falsos. Uma vez que a OMS é uma das principais fontes de informação no que toca à pandemia, muitos utilizadores acabam por ser “apanhados”, comprometendo a segurança dos seus dados pessoais e equipamentos.

Outra das estratégias frequentemente usadas pelos atacantes envolve o uso de campanhas falsas de recolha de donativos para financiar uma vacina para a COVID-19. Os criminosos tentam “apelar” ao espírito solidário dos utilizadores, indicando, por exemplo, que os fundos recolhidos ajudarão crianças, pedindo que as doações sejam enviadas para carteiras de bitcoin, muitas delas comprometidas. Recorde-se que, até à data, ainda não existe uma vacina para a doença e a comunidade científica ainda está a reunir esforços para encontrar uma cura.

Face à escassez de materiais e equipamentos de proteção, os “burlões” também enviam aos utilizadores emails com ofertas tentadoras. Por vezes, as mensagens conseguem contornar os mecanismos de proteção das caixas de correio eletrónicas, saltando diretamente da caixa de spam. Ao tentar comprar máscaras ou gel desinfetante através das páginas falsas, o utilizador está a expor a sua informação pessoal e financeira.