A China continua a liderar os países com maior potencial de ataques DDoS, hospedando armas para ciberataques tais como agentes botnet, utilizados para infetar organizações a nível global com malware. As conclusões foram partilhadas num relatório da empresa americana de cibersegurança A10 Networks, citado pelo Gadgets Now.

Segundo o estudo, o número total de agentes botnet na China foi quase metade, durante o primeiro semestre de 2021, ou seja, 44% do total de drones disponíveis globalmente. E o número de armas ligadas a ataques DDoS aumentou para quase 2,5 milhões nesse período. Por outro lado, os Estados Unidos assumem o segundo lugar nos recursos para ataques DDoS, sobretudo no que diz respeito a armas de amplificação.

Os ataques DDoS (Distributed Denial of Service) são utilizados para anular um serviço online ao injetar uma quantidade sobrecarregada de tráfego de diversas fontes. É referido que os ataques DDoS não estão limitados a uma localização geográfica específica, podendo ser acionados de organizações de qualquer parte do mundo, sobretudo em concentrações com populações onde as ligações de internet são mais densas.

A China lidera pela segunda vez a lista de países com mais armas DDoS, contabilizando 2 milhões de amplificadores e botnets. O relatório refere ainda que alguns grupos de vigilantes começaram a utilizar ataques de DDoS como medidas defensivas, atacando sistemas que exibam comportamentos de inspeção. Os ataques são ajudados pelo malware Mozi, uma das maiores fontes de preocupação dos agentes de combate ao cibercrime. Este é utilizado para "recrutar" botnets para fazer ataques DDoS, apontando em particular equipamentos IoT.

De relembrar que os ataques DDoS registaram uma elevada subida durante 2021, destacam-se uma série de ataques com motivações políticas na Europa e na Ásia e contra criadores de videojogos. Os cibercriminosos levaram também a cabo operações para impactar recursos de combate à pandemia em vários países.