
O modelo LLM de inteligência artificial Amália está prestes a ficar disponível, no entanto, este não está previsto chegar ao público em geral e ser utilizado como as aplicações do ChatGPT, Copilot ou Gemini da Google. Trata-se de um chatbot desenvolvido para os serviços e aplicações da Administração Pública, avança o Público.
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Já se sabia que não estava prevista uma interface de conversação e que o modelo não ficaria disponível nestes moldes, sem caixa de diálogo para interação com o assistente. No entanto, isso pode vir a acontecer mais à frente, já que o LLM (Large Language Model) está a ser desenvolvido em código aberto e uma aplicação desse tipo pode vir a ser gerada por programadores ou outras entidades que trabalhem a tecnologia para esse fim.
Segundo João Magalhães, coordenador do projeto, “o modelo será utilizado em aplicações específicas da Administração Pública, não estando previsto pela equipa de desenvolvimento do modelo neste momento criar um serviço de acesso público semelhante às soluções comerciais existentes no mercado”.
O objetivo do Amália não é ser um concorrente direto dos chatbots generalistas disponíveis comercialmente, mas é possível, do ponto de vista de engenharia criar uma app tipo chatbot. Isto significa, que ao estar disponível de forma gratuita e open source, pode ser utilizada por todos, desde a Academia, centros de investigação, entidades públicas, empresas e cidadãos, embora necessite de ser trabalhado.
De recordar que o modelo foi treinado com dados em língua portuguesa e consegue responder a perguntas, conversar sobre diversos temas, gerar código, explicar conceitos, resumir textos, entre outras tarefas. O modelo Amália foi anunciado pelo Primeiro-Ministro Luís Montenegro durante o Web Summit 2024, num investimento de 5,5 milhões de euros financiado pelo Plano de Recuperação e Resiliência, com o objetivo de treinar o chatbot com fontes de informação em português da Europa, refletindo diretamente a cultura portuguesa.
A versão base do Amália será mais um passo rumo àquilo que se pretende alcançar com o modelo, que vai “processar, compreender e gerar texto em língua natural a partir de grandes quantidades de dados em diversos formatos”. Esta versão multimodal, capaz de processar informação em texto, imagem, vídeo e áudio, deve estar finalizada em junho de 2026.
Um dos exemplos do uso da Amália nas aplicações da Administração Pública é a plataforma gov.pt, apontando como um dos primeiros casos de utilização. Na ciência, o modelo vai estar disponível na plataforma IAedu da FCT. A utilização open source garante o uso na análise de dados científicos e em iniciativas pedagógicas inovadoras baseadas em IA.
O modelo está a ser treinado com recurso aos supercomputadores MareNostrum 5 e Deucalion, e às infraestruturas das próprias universidades envolvidas. Fazem parte do consórcio a Fundação para a Ciência e Tecnologia, a Agência para a Modernização Administrativa, o Instituto de Telecomunicações, a Universidade Nova de Lisboa, o Instituto Superior Técnico e as universidades do Porto, Minho e Coimbra.
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