A partir desta segunda-feira começam a chegar às caixas do correio de cada agregado familiar as coordenadas necessárias para responder aos questionários do Censos 2021. Será a primeira vez na história, que o recenseamento da população se fará por meio de questionários digitais, uma mudança que o Instituto Nacional de Estatística garante que já queria, mas que a pandemia acelerou. 

“Os censos com resposta eletrónica era já, sem dúvida, a opção estratégica do INE. Neste momento de saúde pública tão excecional como a que estamos a viver, responder pela Internet revela-se ainda mais importante”, sublinha o presidente do instituto, Francisco Lima, numa mensagem publicada no site.

Os Censos realizam-se há 150 anos. Esta edição de 2021 é a 16ª a fazer o recenseamento da população e a 6ª a fazer o recenseamento da habitação. Para participar, cada família terá de usar o código e a palavra-passe que nos próximos dias vai encontrar nas caixas do correio, juntamente com as instruções para responder online, ou por vias alternativas.  A resposta aos questionários pode ser feita a partir de 19 de abril e é obrigatória. 

Nesta operação dos Censos vão participar 11 mil recenseadores e seis milhões de lares serão contactados. Cabe aos recenseadores entregarem as instruções de participação nos Censos nas caixas dos correio. Serão também eles a receber as respostas de quem não usa a internet, via telefone, pela linha destinada ao efeito, a esclarecer dúvidas em postos montados nas juntas de freguesia ou a recolher respostas em papel, para casos pontuais. 

Em declarações à Renascença, Almiro Moreira, coordenador Nacional da Recolha Censos 2021, garantiu que a segurança não foi esquecida neste novo formato dos Censos, sendo que “todos os recenseadores têm um smartphone com a informação que têm de recolher, mas esta é guardada numa área protegida pelo INE. Não fica qualquer informação nos telemóveis que usam”.