A inteligência artificial tem sido o catalisador da nova revolução industrial, em que os robots assumem cada vez mais um papel de funcionário, substituindo os humanos em tarefas mais pesadas ou perigosas. Há empresas a especializarem-se na criação de robots humanóides, alimentados por inteligência artificial dos grandes modelos como o ChatGPT e a China já começa a empregá-los nas fábricas, substituindo a mão-de-obra humana.
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Depois de ser considerada uma das empresas com maior contador de empregados, com centenas de milhares de empregados de armazém, a Amazon está a mudar o paradigma através da tecnologia. Segundo documentos internos da empresa revistos pelo The New York Times, a empresa poderá substituir mais de meio milhão de empregos por robots.
Veja na galeria imagens de um dos robots da Amazon:
E parece ser tudo uma questão de matemática. Segundo a reportagem, desde 2018 que a empresa terá somado quase 1,2 milhões de empregados. A equipa de especialistas de automação da empresa prevê que se pode poupar na contratação de mais de 160 mil pessoas apenas nos Estados Unidos que seriam necessários até 2027. Isso vai permitir à empresa poupar cerca de 30 cêntimos em cada item que a Amazon compra, embala e entrega aos seus clientes.
Os executivos da Amazon querem que a automação robótica permita continuar a poupar em mão-de-obra e por outro lado, duplicar a venda de produtos até 2033. Um plano que, ao concretizar-se, vai significar mais de 600 mil pessoas que não vão ser contratadas. Os armazéns da Amazon têm sido equipados, ao longo dos anos, com robots que procuram tratar das tarefas mais repetitivas. Nas primeiras experiências com os robots nos seus armazéns, a empresa garantia que estes não estavam a roubar empregos, algo que agora parece ser exatamente o inverso. Nos centros de distribuição já emprega robots que têm a capacidade de sentir o mundo com a ponta dos dedos.
Segundo o The New York Times, a automatização está tão próxima, que a empresa está a desenvolver planos para mitigar o choque causado nas comunidades de trabalhadores que podem perder o emprego, desde a sua participação em eventos comunitários. E quando fala nesta transformação, pede para se evitar em mencionar termos como automatização ou IA. O termo “Cobot” vem dar sentido ao robot colaborador com humanos, que é aquilo que já acontece atualmente em muitos processos.
A Amazon já respondeu às alegações feitas pela publicação, com o porta-voz Kelly Nantel, a referir que os documentos em questão refletem a um ponto de vista de um grupo dentro da empresa, não refletindo a sua estratégia de contratação. E afirma que planeia contratar 250 mil trabalhadores para a próxima época natalícia, mesmo sem mencionar quantos serão permanentes.
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