Realizou-se hoje na sede da Polícia Judiciária, a conferência sobre "Cibercrime em Foco - Tendências e Prevenção na Era Digital", onde se fez um ponto de situação sobre os crimes informáticos no país. Segundo Luís Neves, diretor nacional da PJ, só este ano foram detidos 250 suspeitos de crimes informáticos. 

Em declaração à imprensa, citado pela Lusa, muitos dos suspeitos, quando são detidos, já têm várias dezenas de crimes cometidos. Deixou ainda críticas à lei dos metadados, por considerar que dificulta a investigação na área do cibercrime pelos inspetores. “A defesa total e intransigível da privacidade não pode pôr em causa a segurança dos nossos países, não pode pôr em causa a ação da justiça”, disse o diretor citado pela agência noticiosa. Acrescenta ainda que o objetivo não é ter acesso à privacidade e informação do cidadão que é cumpridor, mas sim dos que são suspeitos da prática de crimes graves. 

Foi ainda adiantado que os lucros obtidos através do cibercrime são muito elevados, em muitos casos envolvendo centenas de milhares de euros. Este tipo de crime, que é investigado pela UNC3T -  Unidade Nacional de Combate ao Cibercrime e à Criminalidade Tecnológica, segundo Luís Neves, estão 6.000 inquéritos ligados ao cibercrime atualmente em investigação. 

Neste tipo de crimes, a PJ afirma que as organizações criminosas têm cada vez mais meios, mais tecnologia e muito dinheiro para as executar. Luís Neves acrescenta que mesmo as formas de cometer estes crimes informáticos são também cada vez mais sofisticadas.