Com mais projetos, mais talento e mais empresas, o ecossistema de realidade aumentada e virtual (VR/AR) está a crescer em Portugal e o relatório da associação de VR/AR, hoje divulgado, mostra uma realidade que conta com 106 empresas envolvidas em projetos nacionais e internacionais em áreas que vão da criação de conteúdo e publicidade à agricultura, saúde e telecomunicações.

"2021 é só o primeiro ano de uma década onde o conteúdo 3D vai tornar-se a norma. Os profissionais de Realidade Virtual e Aumentada vão ter um impacto profundo na forma como trabalhamos, interagimos e como percecionamos o mundo", defende a associação no relatório que é hoje apresentado.

"Hoje nem todas as casas têm óculos de realidade aumentada ou virtual mas estamos a trabalhar para que isso aconteça", adiantou Luis Bravo Martins, um dos dinamizadores da VRARA Portugal durante o webinar que está a decorrer. Um dos nosso objetivos da associação passa por criar visibilidade para está área e o vice presidente da associação destaca que existem 106 empresas identificadas e que "nenhum relatório na Europa mostra mais de 100 empresas, e nós temos 106".

O relatório tem uma lista de empresas e uma ficha dos projetos, mas os autores explicam que não é exaustiva, sublinhando que "a a quantidade e diversidade de players em Portugal mostra como este mercado tem evoluído positivamente nos últimos anos".

"Acreditamos firmemente que Portugal é um grande localização do ponto de vista técnico, de desenvolvimento de negócio e de investigação em tecnologias imersivas e olhamos para frente para um década em que mais e mais grupos empresariais, startups e organizações de investigação fazem isso acontecer", refere o relatório.

Com o lançamento do 5G, que vai permitir novos casos de uso e o preço dos headsets a baixar, mas também com o lançamento de óculos inteligentes, a associação acredita que o número de empresas e a diversidade de áreas abarcadas ainda pode crescer em 2021.

"Além de infraestrutura e hardware, as aplicações de VR/AR estão a tornar-se  cada vez mais comuns no segmento B2B. E claro, isso cria uma enorme procura para conjuntos de capacidades específicas de VR/AR e até cria novos perfis de emprego", sublinha a associação no estudo.

Mais empresas, mais áreas e maior presença em Portugal

"O que nos impressionou foi a diversidade de áreas onde as empresas estão a trabalhar em realidade aumentada e virtual", afirmou Anesio Neto na apresentação do estudo, destacando que estão também presentes de forma muito distribuída no país, em Portugal Continental e ilhas.

O aparecimento de novas startups nesta área, que procuram financiamento mas também apoio para novas ideias e projetos, e o desenvolvimento de áreas de investigação em centros académicos focados nas oportunidade de transformação de tecnologias imersivas, são igualmente apontados como sinais positivos para o desenvolvimento do ecossistema em Portugal.

Num contexto económico influenciado pela pandemia, as empresas estão à procura de uma forma de reduzir os riscos de investimento, e isso pode jogar a favor de Portugal. "Apesar de ser um país pequeno, o conjunto de talentos de Portugal atrai profissionais internacionais que procuram um ambiente tranquilo e estável do país, com uma formação multicultural e uma elevada qualidade de vida", sublinha o relatório numa introdução assinada por Anesio Neto, Luis Bravo Martins e Tiago Loureiro, que lideram a associação em Portugal.

Estes são argumentos que estão a atrair nómadas digitais, que se soma Às vantagens de um fuso horário mais próximo do continente americano, e um acesso simplificado como porta da Europa.

A VR/AR Association alerta ainda para o facto de haver "oportunidades oficiais de co-investimento" e parcerias pré estabelecidas que podem ajudar empresas que queiram investir em Portugal e há ligações estreitas com a associação VRARABrasil. Esta é uma parceria considerada muito importante, não apenas pelas semelhanças culturais mas pelo facto de haver muitas empresas que procuram chegar ao mercado brasileiro através de Portugal, onde podem ter acesso a um mercado de mais de 200 milhões de pessoas.

O estudo está a ser apresentado esta manhã num webinar organizado com a APDC, parceiro da VR/AR Association, e patrocinado pela NOS.

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