Qualidade, sustentabilidade, funcionalidade e esteticamente bonitos são os quatro pilares do IKEA para os seus produtos, segundo as palavras de Teresa Neta, designer de interiores do IKEA Portugal e José Rodrigues, Costumer e Consumer durante uma apresentação em Lisboa da nova gama de produtos da marca sueca. Mais que copiar os modelos e conceitos made in Suécia, a estratégia da empresa é adaptar-se aos hábitos dos habitantes de cada país onde marca presença.

Os telemóveis, pelos hábitos dos portugueses de dormirem com os dispositivos na mesinha de cabeceira, inspiraram a empresa a desenvolver um candeeiro “inteligente”, o Symfonisk. Ao contrário da Suécia, os portugueses não se descalçam à porta, salienta Teresa Neta, por isso há mudanças no conceito do design e arquitetura que levam o IKEA a desenvolver soluções direcionadas aos clientes portugueses. Estes são alguns exemplos de como a empresa está comprometida a criar produtos direcionados ao público português.

Segundo o IKEA, ter a capacidade de ler o futuro é a forma de solucionar as necessidades das pessoas. Nesse sentido detetou algumas mudanças importantes no comportamento das pessoas, como por exemplo o ADN Digital, que é a capacidade das pessoas se conectarem online, e dessa forma, os produtos terão de refletir essa tendência.

Ana Barbosa, que faz parte da equipa de sustentabilidade do IKEA Portugal, refere que a empresa tem em conta as alterações climáticas, e acredita que as pessoas ainda não sabem bem o que fazer para lidar com estas questões, embora estejam totalmente abertas a mudar para uma vida mais saudável e sustentável. Segundo um estudo do IKEA, 24% das pessoas têm dúvidas sobre como separar os resíduos em casa, e que quase 50% nem sequer faz ainda a reciclagem doméstica, salientando que Portugal está aquém dos objetivos da União Europeia.

A empresa refere que tem soluções para ajudar os seus clientes a tornar a sua casa mais sustentável. Ana Barbosa destaque que a empresa espera, em 2030, alcançar mil milhões de pessoas, seja através dos seus produtos, como serviços online, para que tenham uma vida mais saudável, mas acima de tudo, espera trabalhar com materiais sustentáveis nos seus produtos.

Para Marta Cunha, designer de interiores do IKEA Portugal, o som e a luz em casa são uma área importante para explorar. O tal exemplo do smartphone na mesinha de cabeceira, ou os 15% dos portugueses que o levam para a casa de banho, seja para ouvir música durante o banho, inspiraram igualmente a empresa.

Relativamente à luz, nos últimos quatro anos, o IKEA passou a oferecer 100% de lâmpadas LED. “A luz cria sensações e texturas, e isso vai afetar a decoração da casa”, salienta Marta Cunha. A luz na cozinha, por exemplo, é essencial na hora de cozinhar ter tons brancos, para distinguir os ingredientes, mas na hora de jantar com amigos talvez queira dar-lhe um toque mais amarelado, mais ambiental. O exemplo serve para destacar as lâmpadas inteligentes, com candeeiros capazes de alterar os tons de cor e iluminação.

Em outubro, o IKEA vai introduzir ainda um estore para a janela, que sobe mediante a programação dos utilizadores através de uma aplicação no smartphone. Por exemplo, a cada 15 minutos, na hora de acordar, programar para ir subindo 15 centímetros de cada vez. E porque não, utilizar o candeeiro Symfonisk, desenvolvido entre a fabricante e a Sonos, para dar música enquanto ilumina a sala. O SAPO TEK já testou este equipamento.

Nelson Dias, designer de interiores do IKEA Portugal falou da importância da urbanização e espaços pequenos. Tal como os espaços de trabalho “coworking”, as casas também terão tendências nas partilhas, o chamado “coliving”, com cada vez mais pessoas a dividirem casas. Esta tendência vai de encontro aos conceitos que já são utilizados na Suécia, num espaço reduzido, mas confortável, para se viver em harmonia, refere o designer.

Isso significa que as mobílias devem ser mais dinâmicas, ou multifuncionais, como chama a empresa, ou seja, cada módulo deve ter a capacidade de cumprir funções distintas mediante a necessidade do uso. Exemplos disso são os sofás que se transformam em cama ou carrinhos que possam ser utilizados como mesas. Ou veja-se o exemplo do Symfonisk em que a coluna da Sonos é incentivada a ser colocada na parede, perto da cama, para ser vir de mesa de cabeceira, ou no armário funcionando como suporte para os livros.

A capacidade não só de montar, mas igualmente desmontar é outra das preocupações da fabricante de mobílias, já que as pessoas têm cada vez mais tendência em mudar de casa.

Há mais produtos a serem revelados pela empresa nos próximos meses, mas interessante será a aplicação para smartphones Home Smart, que chega em outubro com mais funcionalidades para controlar os dispositivos inteligentes em casa, tais como a iluminação e a música.

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