
O sistema planetário Trappist-1, a 40 anos-luz de distância e composto por uma estrela principal acompanhada por sete planetas rochosos, tem características únicas. Aqui, o exoplaneta TRAPPIST-1 d tem intrigado os cientistas, tendo uma uma dimensão semelhante à da Terra e estando localizado numa zona onde a existência de água líquida à sua superfície é teoricamente possível.
Ainda no ano passado, investigadores descobriram que outro dos planetas que faz parte deste sistema poderá ter uma atmosfera. No entanto, a história parece ser diferente para TRAPPIST-1 d.
No entanto, um novo estudo, baseado em dados recolhidos pelo telescópio espacial James Webb, indica que observações feitas através do instrumento NIRSpec (Near-Infrared Spectrograph) não detectaram moléculas comuns àquelas que existem na atmosfera do nosso planeta, como água, metano ou dióxido de carbono.
Por outro lado, Caroline Piaulet-Ghorayeb, investigadora da Universidade de Montreal e autora principal do estudo, aponta para várias possibilidades que se abrem agora para estudos mais aprofundados.
“Há algumas possíveis razões para não detetarmos uma atmosfera em torno do TRAPPIST-1 d”, explica. De acordo com a investigadora, citada em comunicado, o exoplaneta poderá ter uma atmosfera extremamente fina e difícil de detetar, semelhante à que existe em Marte.
“Alternativamente, poderá ter nuvens muito espessas e a uma altitude muito elevada, o que bloqueia a deteção de assinaturas atmosféricas específicas, sendo mais parecido com Vénus”, detalha. Outra das possibilidades é a de TRAPPIST-1 d ser um planeta rochoso tão árido que não tem qualquer tipo de atmosfera.
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A estrela no centro do sistema é conhecida por ser volátil, libertando erupções de radiação a alta energia, que têm potencial para remover as atmosferas dos exoplanetas que estão mais perto. Apesar disso, os cientistas vão continuar a procurar por sinais de atmosferas nos restantes planetas deste sistema.
Segundo Björn Benneke, também investigador da Universidade de Montreal e coautor do estudo, os planetas TRAPPIST-1 e, f, g e h podem ter maiores hipóteses de contarem com atmosferas por estarem mais afastados das erupções da estrela no centro do sistema. Porém, a sua distância e o ambiente mais frio fazem com que seja mais difícil de detetar assinaturas atmosféricas, mesmo com os instrumentos do telescópio James Webb.
“Nem tudo está perdido no que toca às atmosferas dos planetas do sistma TRAPPIST-1”, afirma Caroline Piaulet-Ghorayeb. “Embora não tenhamos encontrado uma assinatura atmosférica evidente no planeta d, ainda existe potencial para que os planetas exteriores retenham muita água e outros componentes atmosféricos.”
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