James Webb continua a “espreitar cada canto” do Universo e a justificar a sua fama como um auxiliar precioso da comunidade cientifica. O supertelescópio espacial acaba de adicionar ao seu álbum de fotografias uma imagem de Saturno com pormenores únicos.
Feito em infravermelho, o registo realçou características inesperadas da atmosfera do planeta. A imagem capta os anéis de Saturno em toda a sua imponência, com a luz a parecer refletir-se neles, brilhando contra o fundo.
Concebida por investigadores do Instituto SETI, a nova observação de Saturno é, na verdade, um teste para entender a capacidade do telescópio para detetar luas que emitam sinais mais fracos, ainda desconhecidas, em redor do planeta, sublinha a NASA. Desta forma será possível fornecer, à comunidade científica, uma imagem mais completa do ambiente atual do planeta, bem como do seu passado.
Além dos detalhes dos anéis de Saturno, a foto mostra algumas luas presentes no sistema planetário, mais precisamente as luas de Dione, Enceladus e Tethys, à esquerda do gigante gasoso.
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Com a imagem de Saturno, a lista de planetas gigantes do Sistema Solar que foram capturados pelo JWST está completa. Ou seja, o supertelescópio já capturou imagens de Júpiter, Urano, Netuno e, agora, Saturno.
Depósitos de poeira nas primeiras galáxias do Universo
Os dados registados pelo Telescópio Espacial James Webb também estiveram na base de um estudo cujos resultados foram divulgados recentemente e que apontam para a descoberta de depósitos de poeira nas primeiras galáxias do Universo, analisando duas supernovas do tipo II.
Mais especificamente, foram observadas as supernovas SN 2004et e a SN 2017eaw, localizadas a 22 milhões de anos-luz da Terra, revelando grandes quantidades de poeira na ejeção de materiais de cada uma delas.
A poeira é um bloco de construção para muitas coisas no Universo, especialmente planetas, explica a NASA. À medida que a poeira de estrelas moribundas se espalha pelo cosmos, carrega elementos essenciais para ajudar a criar a próxima geração de estrelas e os seus planetas.
A massa encontrada pela equipa de cientistas na análise feita com o auxílio do James Webb apoia a teoria de que as supernovas desempenharam um papel fundamental na “distribuição” de poeira para o Universo primitivo.
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