Este ano em formato digital, a entrega do prémio da Altice contou com a apresentação dos seis projetos finalistas, que foram escolhidos de mais de uma centena de participações, entre as duas categorias. Alcino Lavrador, diretor geral da Altice Labs, destacou a qualidade dos projetos e o trabalho do júri na análise das candidaturas e e avaliação dos vencedores.

"Este é o momento em que valorizamos o nosso compromisso com a inovação e o ecossistema de startups", afirmou Alexandre Fonseca, presidente e CEO da Altice Portugal, durante a sua intervenção, lembrando que a empresa é o maior investidor em inovação em Portugal por acreditar que é diferenciador, e que isso tem trazido exemplos práticos e concretos de sucesso.

Destacando a capacidade de engenharia e inovação em Portugal, Alexandre Fonseca defendeu ainda que "além do prémio financeiro, que é o maior de apoio a inovação tecnológica, com 75 mil euros nas duas categorias,  é também uma oportunidade de integrar o portfólio de soluções empresariais da Altice", sublinhando que estes projetos vão continuar a ter apoio da Altice Labs para o desenvolvimento da ideia e do projeto.

A premissa de destacar soluções e projetos que tenham aplicação prática está na base da escolha dos projetos de entre os candidatos e os 6 finalistas selecionados, e curiosamente a startup dedicada à saúde e à identificação e monitorização de doenças que têm sintomas como a tosse acabou por vencer dois prémios.

A C-Mos foi a vencedora do prémio Startup, com um valor monetário de 50 mil euros e a possibilidade de concretizar um piloto (prova de conceito) com o Grupo Altice, com a duração mínima de 9 meses. A empresa também ganhou o prémio Born from knowledge, o primeiro a ser revelado esta tarde e que conta com a parceria da Agência Nacional de Inovação.

Na categoria de Academia foi a investigação na área de IoT que conquistou o prémio de 25 mil euros. O projeto Passive Backscatter Sensors for Internet of Things applications pretende fazer o desenvolvimento de um sensor passivo para transferir dados e receber energia e tem uma aplicabilidade em áreas que vão da monitorização ambiental ao controlo industrial.

Durante a cerimónia, transmitida online, o primeiro vencedor conhecido foi o do prémio Born from knowledge, que contou mais uma vez com a parceria da Agência Nacional de Inovação (ANI) e que este ano selecionou o projeto C-mo, que pretende revolucionar a forma como são conduzidos os diagnósticos de doenças nas quais a tosse é um sintoma. António Bob dos Santos, administrador da ANI, sublinhou a capacidade de inovação da equipa, mas também a oportunidade do projeto, sobretudo no atual contexto de combate à pandemia de COVID-19.

6 finalistas do Altice International Innovation Award

Os seis finalistas dos prémios de inovação da Altice já tinham sido divulgados nas duas áreas a concurso. Conheça os projetos

ACADEMIA - Prémio de 25 mil euros

ARGIS - Augmented Reality for Geographical Information Systems: Aplicativo holográfico de realidade mista, para sistemas de informação geográfica, onde os elementos em análise no terreno aparecem no campo de visão como hologramas 3D.
Citymetrics: Desenvolvimento de um sistema de inteligência artificial que, com base em dados recolhidos através de IoT, monitoriza as infraestruturas, prevê a sua condição futura e apoia na tomada de decisão sobre atividades de manutenção de edifícios.
Passive Backscatter Sensors for Internet of Things applications: Este projeto visa o desenvolvimento de um sensor passivo que utiliza uma frequência de rádio para a transferência de dados e outra frequência para a receção de energia que é emitida por transmissores. A sua aplicabilidade é vasta e poderá ir desde a monitoria ambiental ao controlo industrial.

STARTUPS - Prémio de 50 mil euros

C-mo: the revolutionary cough-monitoring wearable: Desenvolvimento de um wearable que monitoriza a tosse e que pretende revolucionar a forma como são conduzidos os diagnósticos de doenças nas quais a tosse é um sintoma (respiratórias e gastroesofágicas); a forma como é monitorizada a progressão de condições predominantemente respiratórias (como asma, DPOC, COVID-19, etc.) e pacientes crónicos; bem como a forma como é testada a eficiência das terapias implementadas.

AquaInSilico: Desenvolvimento de uma solução digital para controlo e monitorização em tempo-real de indicadores de desempenho de estações de águas residuais. Esta solução visa otimizar os processos de tratamento biológico, para além de permitir recuperar materiais críticos, fazendo dos resíduos novos produtos de base biológica.

N9ve.REE+Li: Desenvolvimento de tecnologias e processos para a remoção, concentração e recuperação de recursos raros da terra e lítio de águas contaminadas e soluções aquosas, utilizando, para o efeito, procedimentos simples, de baixo custo e amigos do ambiente por biossorção em macroalgas salinas vivas.