
Depois de ter os seus “olhos” e “cérebro” ligados, a construção da PLATO (PLAnetary Transits and Oscillations of stars) está agora concluída. A missão da Agência Espacial Europeia (ESA, na sigla em inglês), que conta com o contributo científico do Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço (IA), prepara-se agora para um novo conjunto de testes antes de seguir rumo ao Espaço em 2026.
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Depois de chegar ao ESTEC, o centro da ESA nos Países Baixos, a PLATO ganhou painéis e escudos solares, dois elementos essenciais para a sua missão. Como explica a agência, os painéis solares vão gerar a energia necessária para “alimentar” os sistemas da nave e os escudos vão proteger os instrumentos científicos da luz e calor do Sol.
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A estrutura que suporta os painéis solares também funciona como um escudo contra o Sol. Durante o lançamento, os painéis ficarão dobrados, mas, assim que a PLATO chegar ao Espaço, abrir-se-ão como se fossem asas. Após a montagem, os engenheiros da missão testaram a estrutura para verificar se as “asas” abriam corretamente. De acordo com a ESA, os testes, realizados numa câmara de simulação de ambiente espacial, foram bem-sucedidos.
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A PLATO avança agora para uma nova ronda de testes rigorosos. A nave será, por exemplo, submetida a “abanões”, vibrações e ruídos potentes para simular a experiência de lançamento, antes de passar para o Large Space Simulator, a maior câmara de vácuo da Europa, para a preparar para as condições árduas do Espaço
Se tudo correr como planeado, em dezembro de 2026, a PLATO seguirá para Kourou, na Guiana Francesa, onde seguirá rumo ao Espaço, à “boleia” do foguetão Ariane 6. Em 2027, a missão vai começar a procurar planetas em outros sistemas estelares, em particular, planetas do tipo terrestre, que orbitam estrelas semelhantes ao Sol.
Para “caçar” exoplanetas, a missão recorre a um telescópio, equipado com 26 câmaras. Entre elas incluem-se duas câmaras “rápidas”, que leem os dados recolhidos a cada 2,5 segundos, para alinhar a missão com precisão e mantê-la na trajetória correta. As restantes câmaras registam curvas de luz, a partir das quais será possível identificar sinais de potenciais planetas.

Cada uma das câmaras tem quatro sensores CCD, que geram imagens de 81,4 megapixels, além de filtros que permitem a deteção de eventos de trânsito em comprimentos de onda curtos (azul) e longos (vermelho).
Recorde-se que a PLATO vai dar aos cientistas a oportunidade de estudar cerca de 250.000 estrelas a partir do ponto de Lagrange L2, situado a 1,5 milhões de quilómetros da Terra. A missão ambiciona descobrir milhares de exoplanetas rochosos, gelados e gasosos, que serão depois analisados através de telescópios terrestres.
Além disso, a missão vai medir as oscilações naturais das estrelas, através de asterossismologia, para compreender mais sobre a sua estrutura interna, condição física e propriedades como massa e idade.
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