São seis as erupções solares (solar flares) de classe X identificadas no início deste mês. Uma das mais intensas foi registada a 14 de novembro pelo Solar Dynamics Observatory da NASA e mostra o flash brilhante no centro da imagem captada, numa zona com temperaturas de cerca de 18 milhões de graus Fahrenheit, o equivalente a 10 milhões de graus Kelvin, que caracteriza o plasma superquente destas explosões.
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A agência norte americana explica que estas "flares" são explosões de energia, e que tal como as ejeções de massa coronal, podem ter impacto na comunicações de rádio, rede elétrica e sinais de navegação, constituindo também um risco para as aeronaves e os astronautas em órbita da Terra.
A primeira erupção de classe X registada em Novembro foi medida no dia 4 e tem origem numa região particularmente ativa do Sol, a AR14274, com um movimento que foi acompanhado pelo observatório SDO.
A imagem composta mostra as várias flares sobrepondo-se, com três momentos específicos fotografados a entre os dias 9 e 11 de novembro, e que foram acompanhadas por ejeções de massa coronal que deram origem a uma tempestade geomagnética intensa entre 11 e 13 de novembro.
Foi esta tempestade que causou as auroras boreais observadas em vários locais, e que puderam ser vistas bastante a sul, até na Flórida, nos Estados Unidos.
Outras imagens compostas de várias flares mostram a forma como “agitam” a superfície do Sol.
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No ano passado, o Sol esteve particularmente ativo durante as primeiras semanas de maio, culminando numa das tempestades solares mais intensas das últimas décadas. A tempestade Gannon, que recebeu a classificação G5 (severa), não causou danos catastróficos, mas, os seus impactos fizeram-se sentir na Terra, assim como em Marte.
O Sol é a estrela mais próxima da Terra e é encarada como um gerador de vida mas também potencial disruptor dos modernos sistemas de energia espacial e terrestre, por isso os cientistas têm tentado compreender como funciona e aprender a prever o seu comportamento. Essa é uma das missões da Solar Orbiter que junta a NASA e a ESA e que já partilhou imagens das zonas mais misteriosas do Sol.
Os investigadores querem entender o campo magnético do Sol, e a forma como muda a cada 11 anos, coincidindo com picos de atividade solar. Os atuais modelos e previsões ainda não conseguem prever exatamente quando é que é atingido o maior pico e a sua intensidade.
No início de novembro a ESA realizou um exercício de teste sobre a reação a uma tempestade solar extrema, capaz de “cegar” satélites e baralhar bússolas espaciais, preparando-se para um possível futuro evento.
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