Os dados são do Inquérito ao Potencial Científico e Tecnológico Nacional de 2020 (IPCTN 2020) e revelam um crescimento "particularmente expressivo nas empresas, crescendo 17% em 2020 e 78% desde 2015", refere um comunicado à imprensa. Os números são agora finais depois de em agosto terem sido divulgados dados ainda provisórios.

O valor de despesas em Investigação e Desenvolvimento (I&D) fixou-se em 2020 nos 3.236 milhões de euros, o que é apontado como um novo máximo histórico, representando agora 1,62% do PIB.

"Os dados reforçam a tendência de crescimento verificada desde 2016, confirmando o processo de convergência com a Europa. O valor da despesa total em I&D corresponde a um aumento de 8.1% face a 2019 e de 45% desde 2015, quando representava cerca 1,2% do PIB", refere o comunicado à imprensa onde são detalhados os dados.

Os números são comparados com a informação disponibilizada no portal Eurostat, relativa aos restantes Estados-Membros para 2020, e que "mostra que Portugal é o 3º Estado-Membro em que o peso da despesa em I&D no PIB mais cresce e o 2º em que a despesa absoluta em milhões de euros apresenta uma taxa de crescimento mais elevada", refere o Ministério.

O desempenho das empresas é particularmente destacado, invertendo um peso maioritário que era anteriormente do Estado e passando a representar 57% da despesa total em I&D. Em 2015 era apenas de 46% e em 2009 de 44%. Só as empresas investiram em 2020 1.843 milhões de euros.

Mais de 4.300 empresas registaram actividades de I&D em 2020 e o número de investigadores também aumento para 10,3 em cada mil ativos, crescendo 6%. No total registaram-se 53.174 investigadores, sendo que 21.979 estão nas empresas, representando agora cerca de 41% do total de investigadores em Portugal.