A Agência Nacional de Inovação avançou com um concurso para o financiamento de Centros de Tecnologia e Inovação. Com uma dotação inicial de 80 milhões de euros, a medida implementa “um modelo equivalente aos melhores exemplos de inovação internacionais”, como destaca o Ministério da Economia e do Mar, que divulga a informação.

As entidades reconhecidas como CTI, neste momento existem 26, vão por esta via poder garantir uma fonte de financiamento estável e plurianual, para promover atividades internas e externas, que contribuam para a capacidade de inovação do país. Os CTI atuais contam com um investimento de 340 milhões de euros e integram 3.800 recursos humanos qualificados.

Podem ser Centros de Tecnologia e Inovação entidades que se dedicam à produção, difusão e transmissão de conhecimento, orientado para as empresas e para a criação de valor económico. Os objetivos de atuação dos CTI devem estar alinhados com objetivos de política pública e com domínios de especialização que são prioridade a nível nacional, ou nas regiões onde se inserem.

No âmbito das estratégias para 2022-2027, estima-se que tenham capacidade para multiplicar o investimento até um montante que ultrapasse os 1.000 milhões de euros, 23% dos quais realizados através de projetos ou parcerias internacionais.

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A medida agora anunciada trás uma “reforma estrutural e estratégica”, como destaca o Ministério da Economia e do Mar em comunicado, assegurada pelos fundos do Plano de Recuperação e Resiliência. O primeiro concurso deste novo modelo de financiamento arrancou esta quinta-feira, 1 de setembro.

A reforma da Missão Interface tem uma dotação prevista no PRR de 186 milhões de euros, para apoiar instituições que promovem a aproximação entre o conhecimento e a economia, contribuindo para melhorar os fluxos de conhecimento e a transferência de tecnologia, desenvolver e certificar produtos, ou escalar cadeias de valor.

As mesmas entidades podem complementar o financiamento disponível através deste instrumento com outras iniciativas do PRR, como a integração nos consórcios das Agendas Mobilizadoras para a Inovação Empresarial, que já representam um investimento superior a 290 milhões de euros.