
Em 2021, a SpaceX foi selecionada pela NASA para fazer parte do programa lunar Artemis, com vista ao desenvolvimento de uma versão da Starship para a missão Artemis III. Mas, quatro anos depois, a agência espacial norte-americana poderá mudar de ideias e escolher outra empresa para transportar astronautas até à Lua.
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De acordo com Sean Duffy, administrador interino da NASA, a agência vai explorar outras opções para a Artemis III, prevista agora para 2027, uma vez que a empresa espacial de Elon Musk está atrasada no desenvolvimento da Starship.
“O problema é que [a SpaceX] está atrasada. Eles adiaram os seus prazos e nós estamos numa corrida contra a China (...) por esse motivo vou abrir o contrato. Vou deixar que outras empresas concorram com a SpaceX, como a Blue Origin”, afirmou o responsável durante uma participação no programa Squawk Box da CNBC.
Em resposta a Sean Duffy, Elon Musk afirmou na rede social X que a Blue Origin “nunca colocou uma carga em órbita, quanto mais para a Lua”, defendendo depois que, em comparação com o resto da indústria espacial, “a SpaceX está a avançar como um relâmpago”. “Além disso, a Starship acabará por realizar toda a missão lunar. Lembrem-se do que digo”.
Ainda em janeiro, a rival da SpaceX, fundada por Jeff Bezos, conseguiu lançar o seu foguetão New Glenn, um passo importante para receber as certificações da NASA para realizar missões privadas. Depois de perder para a SpaceX em 2021, a empresa garantiu o contrato para a construção do módulo da missão Artemis V em 2023.
Recorde-se que, recentemente, numa reunião pública do Painel de Segurança Aeroespacial da NASA, consultores de segurança da agência mostraram-se céticos em relação à capacidade da SpaceX para assegurar a missão Artemis III na data prevista.
Segundo os consultores, a versão lunar da Starship, com capacidade para fazer pousar humanos na Lua, pode estar a anos de estar concluída. As maiores dificuldades estarão relacionadas com o sistema de reabastecimento da nave na órbita baixa da Terra para poder completar a missão até à lua. Em questão está a transferência de modo eficiente e estável dos combustíveis líquidos entre veículos.
Do lado da SpaceX, a empresa continua a testar a Starship. O 11.º voo, feito no dia 13 de outubro, partiu da Starbase, no Texas, afirmando-se como o teste final da segunda geração do foguetão e da primeira geração do booster Super Heavy.
De acordo com a empresa, "o décimo primeiro teste de voo da Starship atingiu todos os objetivos, fornecendo dados valiosos enquanto preparamos a próxima geração da Starship e do Super Heavy".
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