Ainda faltam 5 anos para a data em que o asteroide Apophis vai passar perto da Terra, mas a ESA já o está a vigiar desde que foi descoberto em 2004. Tudo indica que o asteroide, designado como 99942, vai passar a 32 mil quilómetros da Terra, o que é considerado quase um voo rasante e mais próximo do que alguns satélites de telecomunicações geoestacionários que orbitam o planeta.

Com uma dimensão de cerca de 375 metros, o Apophis é maior do que três estádios de futebol juntos e as observações iniciais tinham indicado uma hipótese pequena de impacto com a Terra em 2029, 2036 ou 2068, datas em que pela sua órbita se aproxima do nosso planeta.

Veja as imagens

Uma colisão seria devastadora, devido à sua dimensão, e por isso o asteroide recebeu o nome do deus egípcio do caos e da destruição. Mas na verdade, uma análise mais detalhada acabou por afastar a hipótese de colisão e o Apophis já foi mesmo retirado da lista de objetos perigosos. Pelo menos para os próximos 100 anos.

órbita do asteroide Apophis órbita do asteroide Apophis
créditos: ESA

A agência espacial europeia indica porém que esta aproximação que está agendada para 2029 é uma oportunidade única de conhecer melhor os asteroides e estão a ser planeads missões para estudar o Apophis com sondas que se aproximem do astro e também através de telescópios. 

Veja o vídeo de como os cientistas avaliam a possibilidade de impacto dos asteroides

Asteroides, os visitantes ainda misteriosos que podem ser uma ameaça para a Terra
Asteroides, os visitantes ainda misteriosos que podem ser uma ameaça para a Terra
Ver artigo

O Apophis é o alvo da sonda OSIRIS-APEX, herdeira da conhecida OSIRIS-REx que teve como missão estudar o asteroide Bennu. Com um novo nome e um novo destino, a sonda deve agora estudar os efeitos da gravidade da Terra no Apophis à medida que o asteroide se aproxima.

Os cientistas estão particularmente interessados em observar como a superfície do corpo muda com a interação gravitacional e perceber como as forças de maré e a acumulação de materiais, considerados processos fundamentais, podem contribuir para a formação dos planetas.