Descoberto em julho pelo telescópio Asteroid Terrestrial-impact Last Alert System (ATLAS) da NASA, no Chile, o 3I/ATLAS tem dado que falar nos últimos meses. Depois de uma passagem por Marte e mais tarde pelo Sol em outubro, o misterioso “visitante” interestelar prepara-se para fazer a maior aproximação ao nosso planeta.
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No dia 19 de dezembro, o cometa, que está agora a navegar rumo ao Espaço interestelar a uma velocidade acima dos 230 quilómetros por hora, vai passar a cerca de 273 milhões de quilómetros do nosso planeta.
De acordo com cálculos do Jet Propulsion Laboratory da NASA, citados pelo website Space.com, o cometa vai atingir o maior ponto de aproximação à Terra pelas 01h00 EST (06h00 na hora de Lisboa).
Devido à distância, não será possível observar o 3I/ATLAS a olho nu e, como explica a NASA, será necessário recorrer a um telescópio com uma abertura de pelo menos 30 centímetros. Neste caso, o “visitante” interestelar poderá ser observado perto da constelação de Leão.
Por outro lado, também pode acompanhar a passagem do cometa online, seguindo a transmissão do Virtual Telescope Project no YouTube, marcada para as 04h00 na hora de Lisboa.
Espera-se que em março do próximo ano o 3I/ATLAS passe ainda mais perto de Júpiter, a uma distância de cerca de 53 milhões de quilómetros. Só em meados da década de 2030 é que o cometa atingirá o Espaço interestelar.
Enquanto continua pelo nosso sistema solar, o cometa tem sido observado por vários telescópios, tanto na Terra como no Espaço, e missões espaciais. Recentemente, o observatório de raios X XMM-Newton da Agência Espacial Europeia (ESA) conseguiu captar o “visitante”.
Segundo a ESA, no dia 3 de dezembro, o cometa passou a uma distância entre 282 e 285 milhões de quilómetros do XMM-Newton, dando-lhe a oportunidade de o observar durante um período de 20 horas.
Para o observar, a missão recorreu à câmara EPIC-pn (European Photon Imaging Camera), o seu instrumento mais sensível para a deteção de raios X.
A imagem mostra o cometa a brilhar em raios X de baixa energia, detalha a ESA. As zonas a azul correspondem a regiões com poucos raios X e as que surgem a vermelho destacam o brilho do 3I/ATLAS.
Quando as moléculas de gás libertadas pelo cometa colidem com o vento solar são produzidos raios X. Estes sinais permitem detetar gases como vapor de água, dióxido de carbono ou monóxido de carbono, já identificados por telescópios como o James Webb e o SPHEREx.
A ESA realça que as observações em raios X são uma ferramenta “poderosa” para estudar a composição de cometas e outros objetos interestelares, uma vez que são especialmente úteis para identificar hidrogénio e azoto, quase invisíveis a instrumentos ópticos ou ultravioleta.
A imagem junta-se agora à coleção de registos do 3I/ALTAS feitos por missões espaciais e telescópios terrestres, que pode ver na galeria que se segue.
Clique nas imagens para ver com mais detalhe
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