Poderá não adiantar de muito se um smartphone tiver câmaras de 200 MP e os mais recentes sensores óticos, se o sistema não for abraçado por algoritmos de software que garanta tirar total partido do conjunto. O hardware só funciona mediante as inovações de funcionalidades introduzidas por software e a respetiva otimização de performance.
E isso foi explicado pelos especialistas do benchmark de câmaras fotográficas DXoMark, que salientam a importância crítica do software nas câmaras fotográficas, contribuindo dessa forma para as melhores pontuações de performance executados nos seus testes. Destacando o papel das fabricantes em lançar atualizações constantes do firmware para corrigir problemas ou otimizar determinados aspetos da performance do equipamento.
A DXoMark explica que os smartphones utilizam programas ou algoritmos para controlar muitas funções do ecrã, assim como o tuning (afinação). E se o equipamento tiver uma afinação pobre não pode entregar uma performance esperada, não interessando o quão poderosos sejam os seus sensores fotográficos. Quanto mais o equipamento for afinado, melhor performance vai conseguir extrair do seu hardware.
Por vezes a afinação diferente entre as fabricantes por escolhas próprias, que depois têm impacto na experiência do utilizador, tais como os níveis de brilho do ecrã, os perfis de cor disponíveis por defeito. Mas também a liberdade que os utilizadores têm de mexer nessas configurações ao seu gosto. Ainda sobre a afinação, cabe às fabricantes encontrar o melhor ponto de equilíbrio entre as preferências dos utilizadores e respetivas limitações do smartphone. E dá o exemplo de como um ecrã permanente a 120 Hz é uma funcionalidade apetecível, mas que vai ter impacto no consumo de energia da bateria. É aqui que entra a afinação para equilibrar a performance do equipamento sem defraudar as expetativas dos utilizadores.
Explorando o exemplo do brilho dos ecrãs dos smartphones, a DXoMark diz que os picos de brilho anunciados não refletem automaticamente aquilo que os utilizadores experienciam. O brilho dos OLED é ajustado mediante o APL (nível médio de imagem) que no fundo se trata do brilho da imagem em média em todo o conteúdo mostrado no ecrã. Isso significa que debaixo de iluminação intensa, um simples dot branco em cima de um fundo preto mostra mais brilho à máxima capacidade que um ecrã totalmente branco. Nos ecrãs OLED, o brilho normalmente diminui quando se aumenta o APL, mas as fabricantes podem optar pela afinação, de forma a oferecer uma maior consistência de brilho no ecrã.
No blog do DXoMark há mais exemplos de como as fabricantes necessitam de afinar a performance dos equipamentos para oferecer aos utilizadores a melhor experiência. Ou pelo menos, oferecer corretamente as funcionalidades anunciadas para os equipamentos.
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