Este não é propriamente um conceito novo, pois há já vários anos que este tipo de brinquedos eletrónicos aparece nas prateleiras das lojas da especialidade. A razão pelo crescente interesse pelos robots educativos recentemente pode estar nos preços, agora mais acessíveis, e na forma como a relação com o smartphone ou tablet tem sido melhorada. Mas será que podemos mesmo apelidar os robots educativos de brinquedos?

A resposta é sim e… não. No fundo, e de uma forma geral e mais ou menos transversal ao segmento que agrega estes equipamentos eletrónicos, estes robots são brinquedos, pois baseiam-se num conjunto de peças, blocos e componentes que podemos encaixar e montar para dar origem a uma ou mais formas.

No entanto, e genericamente falando, uma boa percentagem destas peças apresentam características diferentes, complementando as mais simples. Podem ser circuitos, placas, motores elétricos, baterias, engrenagens e até servo-freios.

Todos os elementos combinados podem originar sistemas completos, que, além de requererem um bom manual de instruções (em papel ou digital) para ser possível dar-lhes a forma certa, podem ser controlados e programados em função do que desejamos e de acordo com eventuais modos predefinidos.

E é aqui que entram as apps móveis e os fundamentos básicos de programação como elementos de tecnologia que fazem a diferença neste tipo de brinquedos. Pensando nestes últimos, esse é o segredo que transforma um simples brinquedo num equipamento que pode efetivamente fazer evoluir o desenvolvimento da criança e/ou adolescente, normalmente o mercado-alvo destes gadgets.

Estamos a falar, regra-geral, de linguagens de programação simples, baseadas em blocos, que estão relativamente predefinidos nas interfaces das apps móveis e que originam determinada ação no robot depois de montado. Arrastando elementos no ecrã do smartphone passa a ser possível criar relações entre funções, movimentos, condições, repetições e até sons.

E este ponto varia depois em função da faixa etária a que se destina o brinquedo educativo. Aqui é importante escolher em função da idade da criança, seguindo as instruções fornecidas pelas marcas. Uns modelos destinam-se a crianças em idade de ensino básico, outros vão mais além e são dedicados a adolescentes.

Potencial de diversão

O poder que um robot educativo tem em “puxar” pelas capacidades dos mais jovens é imenso, ao mesmo tempo que o fator diversão está sempre presente, fazendo até com que até os adultos sintam interesse por este género de equipamento electrónico, seja pela componente LEGO, chamemos-lhe assim, seja pelo uso de fragmentos de programação.

Em simultâneo, a relação entre as apps móveis (e o smartphone) e o brinquedo é algo muito bem conseguido. É fantástico como o terminal móvel passa a ser o centro de tudo, baseando-se na ligação por Bluetooth. E também é notório o o trabalho que os fabricantes desenvolvem na criação de interfaces que consigam ser ao mesmo tempo apelativas para as crianças e desafiantes para públicos mais velhos.

Autonomia e preços

Depois há questões adicionais que devem ser tidas em conta na hora de optar entre um ou outro modelo, além da idade a que se destina e as características principais. Um deles é a autonomia, visto que alguns robot são alimentados via bateria recarregável e outros requerem o uso de pilhas.

Já o preço é outro fator determinante, senão mesmo o mais importante para a maioria dos utilizadores. Há modelos mais baratos e outros que custam uma pequena fortuna, talvez devido à fiabilidade e fama da marca.

Tem de limitar-se a um orçamento reduzido? Opte por um modelo de entrada de gama, com menos funcionalidades e componentes de construção mais barata. Servirá perfeitamente para apresentar a criança a este “mundo”.

Se não tem limite de preço, procure os modelos mais avançados, repletos de sensores, motores, engrenagens e opções de controlo e programação. O potencial de evolução do seu filho na montagem e no uso do robot irá ser exponencial, à partida.

Por fim, deixamos um conselho: monte o brinquedo “em equipa” com o seu filho e em família, se possível. Isto é importante até por razões de segurança, pois na primeira utilização há sempre cuidados a ter, instruções a dar e peças extra a retirar da “equação”.

Mas também porque apostamos que também irá gostar de brincar com um robot educativo, pelo menos com um modelo que esteja entre os mais avançados. O difícil será resistir-lhe…