Numa era da biometria, em que as impressões digitais são utilizadas para proteger equipamentos e dados, os dedos dos utilizadores podem estar a sofrer alterações com o excesso de escrita e "swiping", mas também certos trabalhos e desportos.
Perante a polémica à volta da Worldcoin, a presidente da Comissão Nacional de Proteção de Dados (CNPD) alerta que a remuneração de dados pessoais é inaceitável, explicando que os direitos fundamentais, como o direito à proteção de dados pessoais, não são bens transacionáveis.
A Agência Espanhola de Proteção de Dados (AEPD) ordenou a suspensão da atividade da empresa Worldcoin, que nas últimas semanas fez scan da íris de milhares de pessoas para recolher dados pessoais em diversos países, incluindo Portugal.
Fazer scan da íris numa espécie de “bola” misteriosa para receber criptomoedas. A proposta da Worldcoin parece bizarra, mas há em quem a aceite, incluindo em Portugal, onde o projeto tem presença desde 2022. Mas será que funciona mesmo assim?
Este é o sexto incidente do género nos Estados Unidos. O fenómeno destaca as fraquezas deste sistema que, segundo estudos, é mais propenso a gerar falsos positivos entre rostos negros.
O World ID é um protocolo de identidade descentralizado. A Worldcoin acredita ter a chave para validar que o acesso a um serviço digital é feito por um humano, graças à informação da íris de cada utilizador. É controverso, mas pelo menos 2 milhões gostam da ideia.
Visto por uns como inovador e por outros como bizarro, o projeto da Worldcoin também levanta polémica. O SAPO TEK averiguou de que forma é que a empresa trata dos dados, em particular dos utilizadores que não desejam fazer parte do sistema da empresa, e que políticas de privacidade são seguidas.
O Parlamento Europeu defendeu que o recurso à inteligência artificial pelas polícias na União Europeia (UE), como sistemas de videovigilância, deve implicar “forte salvaguarda” para a privacidade dos cidadãos, mostrando-se “preocupado” com a utilização de dados biométricos.
Em comunicado conjunto, o Conselho Europeu para a Proteção de Dados (EDPB) e a Autoridade Europeia para a Proteção de Dados (AEPD) defendem que a proibição do uso de sistemas de reconhecimento facial em espaços públicos é fundamental para preservar os direitos e liberdades dos cidadãos da UE.
A ministra da Modernização do Estado e da Administração Pública, Alexandra Leitão, destaca que vai ser possível ativar a chave móvel digital recorrendo à biometria.
São mais de 40 organizações europeias que apelam à proibição de sistemas de inteligência artificial com fins nocivos, incluindo a vigilância massiva através de dados biométricos.
O Facebook continua a lutar contra ações judiciais do estado de Illinois por violar leis de privacidade ao recolher dados sem consentimento dos utilizadores.
O Brexit poderá alterar a forma como o Reino Unido coopera com outros países da União Europeia na investigação e resolução de crimes além-fronteiras. O Parlamento apela ao Conselho da UE para não tomar qualquer tipo de decisão até o país assegurar a proteção dos dados.
Com este acessório os utilizadores podem desbloquear o telemóvel e utilizar outros sistemas que requerem autenticação através da impressão digital, "sem terem a preocupação de que os seus dados biométricos possam ser roubados".