Por Pedro Curto (*)
Por que razão foi Portugal particularmente afetado pela crise económica global? Entre os fatores mais relevantes conquistam destaque a preponderância da exposição do tecido empresarial português ao financiamento bancário, a par do enorme peso, no mercado nacional, de pequenas empresas, com uma percentagem de PMEs e microempresas acima da média europeia – 9 em cada 10 empresas nacionais são microempresas. Esta dimensão mais reduzida torna-as mais vulneráveis, impossibilitando que possam ter acesso a financiamento em condições mais favoráveis e, assim, colocar-se numa melhor posição para aproveitar economias de escala e competir num ambiente internacional cada vez mais exigente.
Com um panorama de um setor empresarial muito fragmentado e dependente do financiamento bancário, o que se tornou evidente com a crise é a necessidade de profissionalizar a gestão do risco de crédito. Uma gestão profissionalizada neste ambiente reduz a incerteza e, portanto, limita significativamente as perdas potenciais.
Esta é uma mudança de paradigma na gestão de negócios, que também começa a conquistar relevância em Portugal. Existe uma maior consciencialização em relação à gestão do risco, apesar de algumas questões pendentes ainda não terem desaparecido. Para as organizações torna-se fundamental configurar uma estrutura adequada e, particularmente, possuir informações suficientes para poderem agir em conformidade. Neste campo, são necessários esforços adicionais, tanto quantitativos como qualitativos, para que as empresas tenham à sua disposição informação mais relevante e atual, o que lhes permitirá não só reagir mas, sobretudo, antecipar-se. A avaliação que é hoje exigida não passa apenas por relatórios passivos que oferecem uma fotografia estática de uma dada empresa, mas por sistemas interativos e dinâmicos, com recurso a técnicas de Machine Learning, que permitam antecipar eventos e aumentar a capacidade preditiva de um modelo de risco que deve ser calibrado para cado tipo de negócio.
Portugal é hoje um país virado para a inovação e a AXESOR atingiu um patamar muito avançado na profissionalização da gestão do risco de crédito, fruto de um forte investimento nas vertentes tecnológica e científica. A resposta da AXESOR passa por trazer ao mercado uma plataforma tecnológica avançada e integrável com qualquer software ERP (Enterprise Resource Planning) – axesor® 360. Através deste sistema as empresas podem fazer o acompanhamento em tempo real das suas carteiras de clientes e, recorrendo aos indicadores de risco personalizados, incluindo uma probabilidade de incumprimento a muito curto prazo, garantem a aplicação das políticas definidas para todas as fases do ciclo de crédito. Conseguem assim obter, no final de todo o processo de consultoria e implementação, uma redução do risco e uma maior liquidez, bem como a minimização de custos financeiros e operacionais através da eficiência e automatização de processos.
Juntando as competências adquiridas no domínio do Data Science, BPM (Business Process Management) e análise financeira e de crédito, assim como um forte investimento na componente tecnológica para ligação aos ERPs e solução baseada na cloud, foi possível maximizar o grau de sofisticação, mantendo a simplicidade de processos e aumentando a eficiência na gestão operacional.
A gestão do risco de crédito constitui hoje uma peça essencial na sustentabilidade e consolidação das empresas, posicionando-se enquanto requisito essencial nos processos de crescimento e expansão neste contexto.
(*) General Manager da AXESOR Portugal
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