Por Nick Offin (*)
A noção que temos e falamos muitas vezes sobre a força de trabalho do futuro acaba por criar a ideia de robôs a controlarem os telefones e de carros voadores. No entanto, embora algumas dessas ideias permaneçam longínquas, o cenário tecnológico atual está a avançar a uma velocidade tão impressionante que muitos conceitos que pareciam futuristas há apenas alguns anos são agora uma realidade. Os funcionários podem agora trabalhar com maior mobilidade e têm mais diversidade de dispositivos do que nunca, e a cada dia que passa, aparentemente traz uma nova tecnologia que abre portas adicionais para as organizações melhorarem operações diárias por meio das TI. A chegada iminente do 5G, sem dúvida vai alimentar ainda mais, e vai proporcionar maior funcionalidade a uma série de tecnologias, incluindo cloud e edge computing, realidade assistida e virtual, dispositivos wearable, Inteligência Artificial e automatização.
À medida que a força de trabalho luta e adapta-se a este ambiente que está em constante evolução, a Gartner comenta que os investimentos em tecnologia estão a aumentar, demonstrando assim o papel vital do CIO e da sua equipa em garantir a máxima eficácia operacional e de segurança numa altura desafiante.
Mobilidade sem precedentes
Indiscutivelmente, o impacto mais evidente da convergência destas tecnologias é o aumento do trabalho móvel. A Strategy Analytics prevê que serão 1,88 mil milhões de trabalhadores móveis até 2023 ou 43,3% da força de trabalho global. Isto é impulsionado por tecnologias como a computação em cloud - que permite o acesso fácil e armazenamento de informações desde qualquer lugar, bem como trabalho colaborativo - assim como a atualização gradual das redes móveis para aumentar a velocidade e reduzir a latência para as organizações.
O 5G está a chegar e é a próxima iteração disto, e promete preparar o caminho para uma nova geração de dispositivos para IoT. Os smart watches, por exemplo, podem fornecer funcionalidades rápidas e ágeis para os funcionários que estão em viagem. E, mais significativamente, ferramentas como os smart glasses vão revolucionar muitos empregos, particularmente por oferecer possibilidade de trabalho de mãos livres para aqueles que trabalham em indústrias pesadas, como engenharia, manufatura e logística. Estas inovações devem-se muito ao crescente destaque do edge computing. Sendo que a Strategy Analytics prevê que até 2025, 59 por cento das implementações de IoT processarão alguma forma de dados por meio do edge computing.
O hardware corporativo tradicional na forma de laptops irá, sem dúvida, continuar a ser essencial para as operações do dia a dia. Tornando-se cada vez mais leves, potentes e seguros, dispositivos como o Portégé X30T são projetados para acomodar as necessidades cada vez mais móveis da força de trabalho atual. O desafio para os gestores de TI é garantir que a frota de dispositivos continue a ir de encontro com as necessidades que estão sempre a mudar. O que significa que a estratégia de dispositivos de longo prazo está a tornar-se numa consideração mais importante. O "PC as a Service", no qual os dispositivos serão arrendados em vez de adquiridos, está, portanto, a emergir como um modelo de negócio eficaz para alcançar uma atualização de tecnologia não apenas agora, mas de forma contínua.
Segurança continua a ser a maior preocupação
Um serviço comum oferecido nestes modelos é a recuperação de dados, e com o primeiro aniversário do RGPD, é oportuno relembrar às empresas que devem priorizar a segurança acima de tudo neste cenário orientado aos dados. Em 2018, foram registrados 10,52 mil milhões de ataques de malware, o número mais alto alguma vez registado pela SonicWall, e a força de trabalho de hoje também precisa de se ajustar ao vasto cenário de ameaças criado pela chegada dos wearables e de outras soluções de IoT. Um estudo do Ponemon Institute descobriu que, desde 2017, houve um aumento dramático nas violações de dados ligados ao IoT, especificamente por causa dos dispositivos ou aplicativos não protegidos para IoT.
Portanto, é muito claro que os gestores de TI precisam ter as soluções certas para combater esta ameaça e, ao mesmo tempo, garantir que os funcionários sejam auto conscientes e instruídos sobre a importância da segurança de dados e o seu papel na proteção das redes. Muitas das soluções mencionadas fornecem segurança robusta, o que geralmente é uma das principais razões por trás da sua adoção. Por exemplo, as soluções de mobile edge computing permitem que os dados sejam encriptados localmente e traduzidos para um protocolo de comunicação antes de serem enviados para o núcleo da rede da empresa através da cloud.
No entanto, só as soluções não são suficientes, e é por isso que quase metade (48%) de quem toma as decisões de TI na Europa consideram, atualmente, a formação dos funcionários em torno da tecnologia um investimento prioritário. O futuro está aqui para a força de trabalho de hoje e oferece uma ampla oportunidade para que as empresas e os funcionários otimizem as operações e aumentem a produtividade, o que permite que os CIOs tenham simultaneamente um impacto positivo nos resultados. É imperativo que, para conseguir isso, os funcionários também sejam incentivados a maximizar o potencial, e minimizar os riscos, destas tecnologias.
(*) Head of Sales, Marketing and Operations, dynabook Northern Europe
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