Por André Gonçalves (*)
2020 foi seguramente um ano de profundas alterações nos hábitos computacionais de toda a gente. Um ano em que percebemos que podemos fazer mais coisas a partir de nossas casas, tanto no que respeita à nossa vida pessoal como profissional. Mudanças essas que trouxeram um incremento drástico na digitalização das nossas vidas.
Do ponto de vista pessoal percebemos que o formato dos equipamentos que usamos na nossa existência digital está diretamente relacionada com o tempo e o local em que os utilizamos.
Os smartphones que são os dispositivos de eleição para consumir conteúdos quando estamos fora de casa. São verdadeiros companheiros digitais quando necessitamos de manter a capacidade instantânea de nos sincronizar com a nossa vida digital (que hoje em dia é quase permanente). Mas continuam a não ser o formato ideal para um trabalho intensivo em que a introdução e manipulação de conteúdos é predominante.
Para essas funções, o computador pessoal (independentemente do seu formato), continua a ser a ferramenta de referência. Mas, este tipo de equipamento que é normalmente abundante em locais de trabalho, manifestou-se claramente escaço nas habitações das famílias de todo mundo que pelo seu confinamento se viram obrigadas a disputar não só os espaços, como os equipamentos deste tipo disponíveis.
Com esta pressão surgem novas necessidades de equipamentos, infraestruturas de comunicação e formação nas áreas de computação remota. Isto refletiu-se também, na necessidade de adoção de ambientes de teletrabalho em áreas em que muitas empresas não estavam claramente preparadas para a mudança de paradigma, apesar dos serviços e equipamentos pensados para verdadeiramente “trabalhar em qualquer lugar” serem uma realidade nas suas áreas de atuação há mais de uma década.
Com isto. muitas novas atividades remotas que até finais de 2019 eram tidas como tecnicamente impossíveis ou economicamente insustentáveis, são agora vistas como normais e recomendadas. 2020 foi uma prova a capacidade de transformação das empresas e dos seus trabalhadores. Permitindo a algumas pequenas empresas conseguirem, através do seu dinamismo, impor-se em mercados dominados por gigantes. Mas também, levando muitos negócios para lá do seu limite obrigando a repensar vários hábitos de trabalho e consumo.
Esta necessidade de mudança repentina nas empresas significou também, na maioria dos casos, uma implementação abrupta de novos métodos e estruturas de trabalho. Soluções contrarrelógio para responder às necessidades de produtividade dos recursos humanos das empresas, traduzindo-se em ferramentas de teletrabalho escolhidas ad-hoc sem um plano ou estudo de fundo que pudesse assegurar que essas eram realmente as mais adequadas a cada problema.
Com isso, nunca as pequenas, médias e até mesmo algumas grandes empresas estiveram tão expostas a riscos de segurança. A necessidade de assegurar rapidamente a usabilidade e acessibilidade remota, significou em muitos casos decréscimos nos níveis de exigência na segurança, privacidade e redundância da informação corporativa.
Mas, se 2020 vai ficar marcado pela forma como as empresas se expuseram apressadamente ao mundo digital, com tudo de bom e de mau que isso acarreta, acredito que 2021 tenha tudo para ser um ano de consciencialização e consolidação digital. Um ano em que soluções experimentais que tiveram sucesso no ano passado se tornam os modelos de negócio para os próximos anos. Mas, acima de tudo, um ano de referência na capacidade de superação humana.
(*) Territorial PR & TPR Marketing Manager for W EMEA na ASUS
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