Por Rui Gaspar (*)
A transformação digital (DX) impulsiona as organizações para uma maior agilidade, controlo e valor em dados e operações. À medida que a DX evolui, também evoluem as metodologias, impulsionadas por tecnologias revolucionárias. O domínio da transformação digital abrange ferramentas, técnicas, sistemas e arquiteturas, que passam por uma transformação, promovendo novas abordagens em IA, ML, DevSecOps, automação, low-code e muito mais. Esta evolução leva os CIOs a reconsiderar o que é possível de quatro maneiras principais.
Repensar 4 áreas chave na Transformação Digital
- Elaborar uma estratégia de automatização com precisão: Está a tornar-se cada vez fácil otimizar uma estratégia de automatização. Seja a mecanização de processos com robots, inteligência artificial ou outras formas de automatização, é fundamental identificar que ferramenta faz sentido aplicar em cada cenário, bem como é importante otimizar a interação humana com os respetivos processos.
- Utilizar o low-code como resolução do dilema 'construir vs comprar': Ferramentas intuitivas de low-code podem eliminar a necessidade da falsa escolha entre rapidez (comprar) e flexibilidade (construir) ao capacitar aqueles mais próximos do negócio a mapear os processos e delegar tarefas aos programadores. E o low-code não acarreta os compromissos de capacidade das ferramentas no-code mais simples. A produtividade dos programadores dispara e as empresas obtêm software altamente personalizado que satisfaz as suas necessidades únicas, uma alternativa até 10 vezes mais rápida do que as ferramentas tradicionais de programação.
- Descobrir que a alta segurança a nível empresarial pode garantir tanto a escalabilidade como a velocidade: Segurança e velocidade não precisam de ser mutuamente exclusivas. Ao utilizar plataformas modernas, os projetos de transformação digital podem substancialmente melhorar a segurança ao mesmo tempo que acrescentam valor.
- Arquitetar para a experiência total: Orquestrar a transformação digital em toda a experiência para clientes e colaboradores significa coordenar passos de modernização em sistemas existentes e na cloud, assim como numa variedade de dispositivos, desde smartphones até computadores e laptops modernos ou mais antigos.
As novas tecnologias capacitam os CIOs para reimaginar a transformação com estratégias coordenadas. Implementações precipitadas podem gerar soluções mal adaptadas, promovendo uma abordagem fragmentada, múltiplas ferramentas servindo propósitos específicos, integração deficiente e dívida técnica devido à redundância.
Automação Inteligente de Processos (IPA): Transformação em escala
A IPA combina automação de processos de negócio de ponta a ponta, automação de tarefas e inteligência artificial e fornece às organizações a capacidade de trabalhar mais rápido, reduzir custos e melhorar as experiências de clientes e colaboradores. Os principais componentes da IPA são gestão de processos de negócios (BPM), automação de processos com robots (RPA) e inteligência artificial (IA). A tecnologia providenciada pela IPA é fundamental para transformações digitais em grande escala, oferecendo soluções que vão além da automação de tarefas simples. À medida que as iniciativas de DX se tornam mais complexas, a IPA apresenta-se como uma solução potencial para os desafios que fazem fracassar 70% dos esforços de DX.
O futuro da automação
A automação veio para ficar: espera-se que 42% das tarefas de negócio sejam automatizadas até 2027. Cada organização poderia usar uma plataforma inteligente de automação de processos para gerir a complexidade crescente das iniciativas de DX.
Tomadas em conjunto, essas etapas em direção a um DX mais avançado e eficaz irão melhorar drasticamente as operações, a segurança e o valor em toda a empresa. À medida que as organizações adotam a transformação de dados e a automação inteligente, não apenas dissipam mitos limitantes, mas também libertam o potencial transformador dos dados conectados.
O papel da gestão de dados
Idealmente, o quadro de transformação digital e o esforço de modernização começam com uma base de gestão de dados moderna, que elimina a compartimentalização de dados de forma a melhorar o acesso à informação e a velocidade. O ambiente de gestão de dados mais avançado é conhecido como Data Fabric. Esta arquitetura de dados desbloqueia informação em sistemas diversos que anteriormente eram difíceis de aceder, num formato utilizável. Em vez disso, uma arquitetura de Data Fabric permite uma colaboração e inovação mais eficazes entre as partes interessadas e as equipas de desenvolvimento na organização.
(*) Diretor Comercial, Appian Portugal
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