Por Henrique Zarco Cota (*)

É nos detalhes que se encontram os denominadores comuns às coisas do mundo, precisamente na natureza intrínseca das coisas.

Esse é o habitat natural dos padrões que emergem at random, e é, nem mais nem menos, a frequência com que ocorrem que revela muito do glamour e do “mistério” que caracteriza o tecido que dá forma aos objetos com que interagimos.

Parece emergir um equilíbrio que atravessa culturas, continentes, civilizações e que hoje tem uma evidência nas abordagens à forma de apresentar plataformas tecnológicas através de interfaces ergonómicos que oferecem experiências de utilização ricas, atrativas, sexy.

É absolutamente fabuloso que realidades tão distintas como o Partenon de Atenas, a sequência de números que Fibonacci (com a qual o professor Robert Langdon se encontra na obra de Dan Brown) e a estrutura de interfaces aplicacionais, convirjam, todos estes (e tantas outras realidades, locais e globais), de forma tão persistente, para um número.

Um número bem concreto, o consagrado golden ratio (=1,618 = (√5 +1)/2), o qual, acompanhado de fatores de escala específicos como, por exemplo, a constante de Pitágoras (nem mais nem menos do que √2), a estruturar uma partitura harmónica.

Golden ratio este que já era estudado por matemáticos como Pitágoras e Euclides de Alexandria, no século IV a.c., podendo ser encontrado em diversos padrões na natureza, obras de artistas como Dali e que hoje tem uma aplicação concreta na análise de mercados financeiros.

Emerge, assim, que tal matemática é o esqueleto subtil que estrutura uma tendência de equilíbrio que caracteriza as catedrais de convergência de pessoas na dimensão Internet do mundo, com os websites e as aplicações assentes em interfaces simples, minimalistas, clean, e que proporcionam um user experience (UX) de elevada satisfação.

Contemplando muitos casos de sucesso na construção das interfaces das aplicações homem-máquina, onde se procura que estas sejam simples, minimalistas, clean e de agradável navegação, podemos observar que de facto existe uma matemática convergente.

Em linha com um estudo que realizei no domínio do Intelligent Design, resultou, para o caso concreto que aqui se refere, uma aderência ao modelo paramétrico que é o outcome do referido estudo, que a proporção numérica dos vários objetos gráficos implementados aqui, apresentam um alinhamento (quase) perfeito com golden ratio (?), numa proporção da constante de Pitágoras (√2), apresentando um desvio residual na ordem de 0,33%.

Resulta, portanto, que o sexiness de uma interface de utilizador (UI) est(ar)á indexado a uma matemática omni presente que marca, de forma transversal, o pulsar das realizações da natureza e as da engenharia, designadamente artefactos concretos no domínio do UX/UI, como se estivesse escrito no DNA da existência um padrão concreto que independe do tempo e do espaço.

(*) Senior Manager na Decode

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